Em meio a preocupações relacionadas aos altos índices de juros, o que demandaria portfólios equilibrados, a XP (XPBR31) delineou sua estratégia para renda fixa e variável para 2024 em um comunicado divulgado aos clientes e ao mercado nesta semana.

Conforme indicado pela XP, para 2024, a diretriz é ajustar gradualmente a alocação entre renda fixa e renda variável em nível local, aumentando o risco em classes de ativos que apresentam maior potencial de retorno em face de taxas de juros mais baixas.

No que diz respeito à renda fixa, diante do ciclo de redução de juros promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a orientação é diminuir as alocações em pós-fixados, mantendo ainda uma presença significativa em “renda fixa inflação” em níveis elevados e exposições mais restritas em prefixados. A abordagem será tática na entrada desses títulos, aproveitando momentos de estresse no mercado para obter prêmios mais atrativos. Embora haja a sugestão de redução na parcela pós-fixada, ela ainda pode ser expressiva em carteiras de perfil conservador e moderado, representando um refúgio diante da volatilidade e de um possível cenário fiscal tumultuado, conforme apontado pela XP.

No segmento de renda variável, a XP recomenda uma alocação mais substancial em ativos listados na bolsa de valores, abrangendo ações e fundos imobiliários. A XP observa que, em períodos de queda de juros, esses ativos têm potencial para apresentar desempenho interessante a curto prazo. No entanto, ao selecionar individualmente esses ativos, a XP aconselha escolher aqueles que sejam sustentáveis e representem oportunidades de negócio favoráveis também a longo prazo.