O Governo Federal planeja implementar um imposto de importação em compras de até US$ 50 realizadas em sites estrangeiros de comércio eletrônico. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que está sendo considerada uma taxa de pelo menos 20%, conforme sugerido pelas empresas do setor. No entanto, ele enfatizou que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre o assunto.

De acordo com o orçamento de 2024, espera-se uma arrecadação de R$ 2,9 bilhões no próximo ano com a implementação do novo regime tributário simplificado chamado “Remessa Conforme”. Esse valor leva em consideração a introdução da nova taxa e um aumento na fiscalização, de acordo com Durigan.

O secretário destacou que o “Remessa Conforme” foi criado com o objetivo de aprimorar a tributação e combater fraudes em transações de comércio eletrônico realizadas por empresas internacionais. Até o momento, apenas duas empresas estão cadastradas no sistema. Durigan afirmou que outras empresas manifestaram interesse, embora tenham enfrentado algumas dificuldades na apresentação de documentos.

Ele explicou que a taxa mínima de 20% está sendo considerada com base nas sugestões das próprias empresas internacionais de comércio eletrônico. No entanto, o Ministério da Fazenda ainda analisará dados relacionados a esse tipo de operação para garantir um tratamento equitativo entre as empresas estrangeiras e as empresas nacionais de varejo, que estão pressionando por uma taxa mais elevada.

Cobrança atual em compras internacionais

No momento, as remessas vindas do exterior estão sujeitas a uma taxa de imposto de importação de 60%, com exceção das compras de até 50 dólares realizadas em empresas que fazem parte do programa Remessa Conforme. Portanto, a cobrança de pelo menos 20% de imposto seria aplicada a essa faixa de compras que atualmente está isenta de tributação federal.

Essa taxa adicional se somaria à cobrança já existente pelos governos estaduais, que impõem um ICMS de 17% para compras de qualquer valor.

O grupo chinês Alibaba foi certificado como um participante desse programa, o qual oferece benefícios fiscais a empresas de comércio eletrônico internacional que aderem a certas regras estabelecidas pela Receita Federal. Isso resulta na isenção de tributação para compras de até 50 dólares, conforme anunciado no Diário Oficial da União (DOU) recentemente.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.