EUA buscam estabelecer tarifa global para importações de minimis após rejeição da China
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que os Estados Unidos estão empenhados em estabelecer um nível global de tarifa para importações de minimis, após a rejeição da China ao regime atual.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta quarta-feira (11) que o país está empenhado em estabelecer um nível global de tarifa para importações de minimis, pequenas remessas de baixo valor, após a rejeição da China ao regime tarifário vigente. Durante uma audiência no Congresso americano, ele fez a declaração em meio a negociações comerciais que atualmente envolvem 18 parceiros comerciais.
Tarifa para importações de minimis: foco nas negociações internacionais
A definição clara de uma tarifa global para importações de minimis tornou-se prioridade para os Estados Unidos. Isso ocorre diante da resistência da China, que rejeitou o sistema atual. Geralmente, as remessas minimis consistem em produtos de baixo valor que enviam diretamente ao consumidor. A ausência de uma regra uniforme dificulta o comércio internacional e gera disputas tarifárias.
Scott Bessent ressaltou que o governo americano quer consolidar regras claras para facilitar o comércio entre as nações. Ao mesmo tempo, busca proteger os interesses econômicos dos EUA. A China rejeitou as tarifas de minimis”, afirmou durante a audiência. Ele enfatizou a necessidade de acordos multilaterais que promovam maior estabilidade e previsibilidade no comércio global.
Essas negociações são parte de um esforço maior que envolve 18 países parceiros. O objetivo é harmonizar as tarifas aplicadas a essas pequenas remessas e evitar conflitos que possam prejudicar o comércio bilateral e global.
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Críticas às tarifas canadenses e negociações no G7
Além do foco nas tarifas para importações de minimis, Bessent criticou as tarifas impostas recentemente pelo Canadá, classificando-as como “bem injustas com os EUA”. Essa posição será um dos pontos centrais das conversas durante o encontro do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, no próximo G7, que será realizado no Canadá ainda este ano.
O secretário afirmou estar pronto para avançar com negociações comerciais desde que os parceiros demonstrem boa fé. Ele sinalizou que os EUA mantêm uma postura aberta ao diálogo, desde que respeitadas as condições de comércio justo. A importância dessas negociações reside no fortalecimento das relações econômicas e na busca por soluções que beneficiem todos os envolvidos.
Estabilidade do mercado de títulos americano em meio à volatilidade
No âmbito econômico, Bessent destacou a estabilidade do mercado de títulos dos Estados Unidos, mesmo diante da volatilidade registrada em abril. “O mercado de títulos funcionou muito bem em meio à volatilidade de abril. Os EUA continuam sendo o mercado de títulos mais estável”, afirmou. Ele ressaltou a solidez do sistema financeiro americano como um ponto de confiança para investidores e para a economia global.
Esse cenário contribui para que os Estados Unidos mantenham sua posição de liderança econômica mundial. Ele garante condições favoráveis para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a manutenção de um mercado de trabalho sólido.
Crescimento econômico e expectativas para a economia americana
Bessent também comentou sobre a saúde da economia americana, destacando que o crescimento do PIB está substancial e que o mercado de trabalho permanece forte. Segundo ele, “Wall Street já está ótima, é hora da ‘Main Street’ se dar bem”. A declaração indica a necessidade de que os benefícios do crescimento econômico alcancem toda a população e não apenas o setor financeiro.
Essa declaração reforça a visão do governo americano em promover políticas que estimulem o desenvolvimento econômico de forma inclusiva. O objetivo é ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Federal Reserve, sanções à Rússia e perspectivas futuras
Ao ser questionado sobre a presidência do Federal Reserve (Fed), Bessent declarou estar “feliz com o que Trump quiser que eu faça”. Ele demonstrou alinhamento com as diretrizes da administração presidencial. Ele ressaltou que o Tesouro está fazendo avanços importantes para garantir a estabilidade econômica do país.
Por fim, sobre as sanções contra a Rússia, o secretário pediu cautela, solicitando ao Congresso que conceda “alguma flexibilidade” para o governo lidar com o tema. Ele alertou para os possíveis “impactos não intencionais” que um amplo pacote de restrições pode causar, reforçando a importância de medidas equilibradas para evitar consequências negativas ao cenário internacional.