O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que divulgará novas tarifas ao Brasil até quinta-feira, dia 10 de julho. A informação foi dada durante um encontro com líderes da África Ocidental na Casa Branca, onde o republicano criticou o histórico comercial do Brasil com os EUA e prometeu medidas tarifárias específicas. Segundo ele, a decisão será oficializada “no final desta tarde ou amanhã de manhã”.

EUA endurecem relação comercial com Brasil e outros países

Durante o evento, Trump foi direto ao afirmar que o Brasil “não tem sido bom” para os Estados Unidos em termos de trocas comerciais. A fala reforça a posição protecionista do presidente, que busca reequilibrar a balança comercial americana por meio da aplicação de tarifas e restrições a produtos estrangeiros.

A expectativa é que o novo pacote de tarifas afete diretamente produtos exportados pelo Brasil aos EUA, embora ainda não tenha sido detalhado quais setores serão atingidos. Caso a medida seja ampla, poderá impactar indústrias como a de aço, alumínio, agronegócio e manufaturados, setores que já foram alvos de políticas semelhantes em gestões anteriores.

Países asiáticos e africanos já receberam notificações formais

Em comunicado anterior, Trump também informou que produtos de diversos países, entre eles Líbia, Iraque, Sri Lanka, Argélia, Moldávia, Brunei e Filipinas, serão submetidos a novas tarifas de importação nos Estados Unidos. As alíquotas variam entre 20% e 30% e passam a valer a partir de 1º de agosto deste ano.

A divisão das tarifas ficou da seguinte forma:

  • 30% para produtos vindos da Líbia, Iraque, Sri Lanka e Argélia;
  • 25% para a Moldávia e Brunei;
  • 20% para a Filipinas.

Essas decisões foram formalizadas por meio de cartas assinadas por Trump, o que indica que o mesmo caminho será seguido em relação ao Brasil.

Tarifa ao Brasil faz parte de estratégia contra déficit comercial

A justificativa do governo americano para o aumento de tarifas está centrada na busca por reduzir os déficits comerciais que, segundo Trump, são “de longo prazo e muito persistentes”. Em suas palavras, as novas tarifas têm como objetivo proteger a economia norte-americana e incentivar a produção doméstica.

“Estamos tomando decisões com base em fatos muito, muito significativos”, disse Trump, ressaltando que a política comercial do país será mais rigorosa com nações que apresentam histórico comercial negativo.

Essa abordagem não é inédita. Durante seu primeiro mandato, Trump também impôs tarifas sobre produtos brasileiros como aço e alumínio, gerando tensões diplomáticas e comerciais entre os dois países. Agora, a expectativa é que o novo anúncio reacenda o debate sobre os efeitos do protecionismo americano no cenário global.