Suzano, RGE e CMPC avaliam aquisição de ativos da International Paper na América do Norte
A Suzano (SUZB3), RGE e CMPC estão avaliando a compra de ativos da International Paper na América do Norte.

A Suzano (SUZB3), gigante brasileira do setor de papel e celulose, está entre as empresas que avaliam a compra de ativos da International Paper (IP) na América do Norte. A negociação envolve grandes players do setor, incluindo a Royal Golden Eagle (RGE), controladora da Bracell, e a chilena CMPC, consolidando ainda mais a movimentação estratégica de grandes multinacionais no mercado global de celulose.
De acordo com fontes do Valor Econômico, os ativos da International Paper envolvidos na negociação representam uma receita de US$ 2,8 bilhões em 2024. A transação engloba uma capacidade de produção anual de 2,30 milhões de toneladas, distribuída por oito fábricas e duas unidades de conversão, localizadas em três países da América do Norte. Este é um movimento significativo, especialmente considerando o cenário competitivo atual no setor de celulose e papel.
A International Paper, uma das maiores fabricantes globais do setor, tem se concentrado em estratégias de desinvestimento e reestruturação de ativos. A proposta de venda desses ativos pode representar uma oportunidade estratégica tanto para os compradores quanto para a IP, que busca otimizar seu portfólio e focar em seus segmentos de maior rentabilidade.
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Por que a Suzano, RGE e CMPC estão interessadas?
A Suzano, já consolidada como uma das maiores produtoras de celulose e papel do mundo, está buscando expandir sua presença na América do Norte. A empresa tem mostrado interesse crescente por ativos internacionais que possam complementar sua estrutura e atender à crescente demanda global por celulose, principalmente nas indústrias de papel e embalagens.
A Royal Golden Eagle (RGE), controladora da Bracell, também está expandindo sua atuação global. A RGE já possui uma forte presença no Brasil e, ao adquirir ativos na América do Norte, pode fortalecer ainda mais sua competitividade no mercado global, especialmente no fornecimento de celulose.
A CMPC, por sua vez, é uma gigante chilena com uma sólida base de produção de celulose e papel na América Latina. A aquisição de ativos da IP pode ser uma oportunidade para a empresa diversificar suas operações e se posicionar de maneira mais estratégica na América do Norte, um mercado de grande importância para o setor.
Detalhes do Negócio:
Os ativos da International Paper, em avaliação pelas três empresas, estão localizados em três países da América do Norte e incluem uma capacidade de produção de 2,30 milhões de toneladas anuais. A operação envolvida abrange oito fábricas e duas unidades de conversão, o que representa uma estrutura industrial de porte considerável. Esse portfólio de ativos permitiria aos investidores uma ampla gama de vantagens operacionais e logísticas, com um impacto direto na consolidação do mercado de papel e celulose na região.
Além disso, a transação poderia fortalecer as operações das empresas envolvidas, permitindo-lhes aumentar sua produção e responder com mais eficiência às demandas do mercado norte-americano. A transação também está inserida em um contexto de crescente demanda por papel e embalagens, impulsionada, entre outros fatores, pelo aumento das compras online e pela necessidade de materiais sustentáveis para embalagens.
Como o mercado está reagindo?
O mercado está acompanhando de perto a movimentação das empresas envolvidas, especialmente a Suzano, que, após sua compra da Fibria, se consolidou como uma das líderes mundiais no mercado de celulose. A análise dos ativos da IP indica que o negócio tem o potencial de reforçar a posição das empresas brasileiras e chilenas no mercado norte-americano, onde a demanda por produtos de celulose tem mostrado crescimento constante.
O interesse de grandes empresas do setor de papel e celulose na América do Norte não é novidade, dado que o mercado é altamente competitivo e relevante para o futuro da indústria global. No entanto, a presença de um jogador tão relevante quanto a Suzano nesta negociação sublinha a força que as empresas brasileiras estão ganhando internacionalmente.
O impacto da transação
Se concretizada, a negociação terá efeitos significativos tanto para os compradores quanto para a própria International Paper, que poderá otimizar sua operação e focar em ativos mais estratégicos. Além disso, as empresas que adquirirem esses ativos estarão bem posicionadas para atender à crescente demanda por celulose na região, garantindo sua competitividade no mercado global.
Essa transação, caso avançada, também reforça o papel estratégico do setor de celulose e papel, que continua a atrair grandes investimentos, em especial em momentos de recuperação econômica e transformação no setor de embalagens e papel.