A Suzano S.A. (SUZB3) comunicou na noite de quinta-feira (3) que o volume de produção de celulose de mercado para o ano de 2024 será cerca de 4% menor em relação à capacidade produtiva nominal da companhia. Esta decisão foi tomada em meio a um cenário de mercado desafiador, caracterizado por quedas nos preços de papel e celulose, com previsões de recuperação apenas no primeiro semestre de 2025.

A empresa, um dos principais produtores de celulose no Brasil e no mundo, justificou sua decisão em um comunicado oficial, ressaltando que a produção reduzida não traria retorno financeiro adequado em um “momento de mercado de celulose mais complexo”. A Suzano explicou que essa mudança reflete a realidade atual do mercado, que tem enfrentado uma pressão significativa nos preços, impactando a lucratividade e a viabilidade de operações em níveis máximos.

Conforme indicado em análises de instituições financeiras internacionais, os preços do papel e da celulose estão em declínio e devem continuar nessa trajetória, afetando diretamente a estratégia da Suzano. Especialistas projetam que a recuperação dos preços só deve ocorrer a partir do primeiro semestre de 2025, levando a companhia a repensar suas projeções de produção.

Diante desse panorama, a Suzano tomou a precaução de não comprometer sua capacidade de atender a clientes já contratados, garantindo que a alteração no volume de produção não afetará as relações com seus fornecedores. Essa decisão demonstra a responsabilidade da empresa em manter seus compromissos comerciais, mesmo em tempos de adversidade.

Outro ponto destacado pela Suzano foi o andamento das operações da Unidade Ribas do Rio Pardo, anteriormente conhecida como Projeto Cerrado. A companhia afirmou que a operação da unidade segue conforme o planejado, com um volume de produção estimado em 900 mil toneladas para 2024, mantendo assim suas metas em um segmento estratégico da sua atuação.

A Suzano também fez uma ressalva em seu comunicado, afirmando que as projeções de produção são baseadas em estimativas e expectativas da administração. Essas previsões estão sujeitas a riscos e incertezas, o que implica que os resultados reais podem variar significativamente em relação às expectativas. Essa transparência é fundamental para que investidores e stakeholders tenham uma visão clara da situação da empresa.

A decisão da Suzano pode impactar não apenas sua operação, mas também o mercado de celulose como um todo. A redução na produção pode levar a um equilíbrio no mercado, ajudando a estabilizar os preços a longo prazo. Para o setor, isso pode ser um sinal de adaptação às condições desafiadoras do mercado, refletindo uma estratégia mais conservadora em tempos incertos.