A Starbucks (SBUB34) deu um passo significativo para acelerar sua recuperação, anunciando a eliminação de 1.100 empregos corporativos, o que representa aproximadamente 7% de sua força de trabalho fora das lojas próprias. A decisão, que visa aumentar a eficiência operacional e implementar mudanças rápidas para revitalizar a gigante do café, reflete o esforço da empresa para se adaptar a um mercado desafiador.

Em um movimento que promete transformar a estrutura da companhia, a Starbucks cortará 1.100 empregos em diversas áreas corporativas. O CEO Brian Niccol, que assumiu o comando da empresa em setembro, tem liderado a reestruturação, motivada por uma queda nas vendas e uma necessidade urgente de ajustar a estrutura corporativa da empresa. Embora a gigante do café não divulgue oficialmente o número de seus empregados corporativos, a estimativa é que esses cortes representem 7% do total de funcionários que atuam fora das lojas. No entanto, vale destacar que as áreas operacionais, como as lojas, não serão afetadas, com a maior parte do corte ocorrendo no setor corporativo.

A Starbucks informou que notificará os funcionários afetados até terça-feira, 25 de fevereiro, e que aqueles que perderão seus postos receberão salários e benefícios até 2 de maio. Após essa data, a companhia oferecerá pacotes de indenização com base no tempo de serviço e suporte para transição de carreira, incluindo treinamento para recolocação profissional.

A principal razão para os cortes de empregos na Starbucks é a busca por maior eficiência e a eliminação de duplicações nas operações da empresa. A companhia, que já havia demonstrado intenção de simplificar sua estrutura, busca implementar mudanças rápidas que possam posicioná-la para um crescimento sustentável no futuro. Brian Niccol, CEO da Starbucks, declarou que a reestruturação é um passo necessário para fortalecer a companhia e garantir seu sucesso a longo prazo.

“Reconheço que a notícia é difícil”, afirmou Niccol em um comunicado. “Acreditamos que é uma mudança necessária para posicionar a Starbucks para o sucesso futuro.” A medida reflete uma tendência crescente entre grandes empresas, como a Southwest Airlines, que também anunciou recentemente cortes significativos em sua estrutura corporativa.

Embora a decisão de cortar 1.100 postos de trabalho corporativos tenha sido tomada como parte de uma estratégia de otimização, a Starbucks está oferecendo suporte completo para os funcionários afetados. Além dos pacotes de indenização, que variam conforme o tempo de serviço, a empresa comprometeu-se a fornecer programas de assistência para os demitidos, incluindo suporte para a transição de carreira e orientação profissional.

Adicionalmente, a empresa está fechando diversas posições abertas que não foram preenchidas até o momento, como parte de sua reestruturação geral. Essas mudanças visam não apenas cortar custos, mas também aprimorar a forma como a Starbucks opera, agilizando processos e ajustando sua estrutura às novas exigências do mercado.

Retorno ao escritório e mudanças no trabalho remoto

Como parte de sua estratégia de transformação, a Starbucks também introduziu mudanças em sua política de trabalho remoto. Os funcionários de nível vice-presidente e superiores serão obrigados a trabalhar fisicamente nos escritórios da empresa em Seattle ou Toronto três dias por semana. Já os diretores e cargos abaixo terão a opção de continuar com o trabalho remoto. A empresa anunciou que, para futuras contratações, a presença nos escritórios de Seattle ou Toronto será um requisito essencial, reforçando a importância do trabalho colaborativo no ambiente físico.

A medida visa fortalecer a interação entre as equipes corporativas e melhorar a comunicação interna, aspectos fundamentais para a implementação das mudanças necessárias. Esse retorno ao escritório também reflete a postura do CEO Brian Niccol, que tem sido firme quanto à importância do ambiente de trabalho físico para garantir a cultura e a eficiência da empresa.

Impacto nas ações

Embora o anúncio dos cortes tenha gerado certa apreensão no mercado, as ações da Starbucks mostraram pouca variação nas negociações antes da abertura dos mercados nos EUA. No entanto, as ações subiram cerca de 17% no último ano, refletindo a confiança do mercado no futuro da empresa. Isso é semelhante ao desempenho do índice S&P 500, que registrou um aumento de aproximadamente 18% no mesmo período.