PIB do 1º tri volta a crescer após ficar dois trimestres estável
Após dois trimestres andando de lado, a economia brasileira voltou a crescer nos primeiros três meses de 2024, conforme apontam as projeções de economistas. A manutenção do consumo das famílias, uma leve recuperação da indústria e dos investimentos, além da força da agricultura no início do ano, devem ser os principais destaques do anúncio oficial […]
PIB do 1º tri volta a crescer após ficar dois trimestres estável
Após dois trimestres andando de lado, a economia brasileira voltou a crescer nos primeiros três meses de 2024, conforme apontam as projeções de economistas. A manutenção do consumo das famílias, uma leve recuperação da indústria e dos investimentos, além da força da agricultura no início do ano, devem ser os principais destaques do anúncio oficial do PIB brasileiro nesta terça-feira (04) pelo IBGE.
De acordo com o economista Rodolfo Margato, da XP, a estimativa é de que a atividade econômica tenha crescido 0,6% entre janeiro e março em comparação com o PIB do quarto trimestre de 2023, e 2,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Caso se confirme, Isso representará uma recuperação, já que o PIB teve variação nula (0,0%) no quarto trimestre do ano passado, após um modesto aumento de 0,1% no terceiro trimestre de 2023.
“Do lado da oferta, esperamos crescimento nos três principais setores. A Agropecuária se recuperou após a queda no 4º trimestre, o setor de Serviços se fortaleceu no último trimestre, impulsionado pela demanda das famílias, enquanto a Indústria deve mostrar um leve aumento, com variações entre seus componentes”, explicou.
Pelo lado da demanda, Margato destacou que a absorção interna cresceu significativamente no 1º trimestre, impulsionada pela resiliência do consumo das famílias e pela recuperação dos investimentos. No entanto, ele observou que a contribuição do setor externo foi negativa devido ao aumento considerável das importações no período.
Ainda conforme o economista da XP, as estimativas preliminares indicam que as enchentes no Rio Grande do Sul reduzirão o crescimento do PIB do 2º trimestre em 0,8 ponto percentual na comparação anual (de 1,9% para 1,1%).
“Nossa previsão de crescimento econômico para este ano, atualmente em 2,2%, está com tendência de queda. Além do impacto negativo no Rio Grande do Sul, as condições financeiras provavelmente continuarão mais restritivas do que o inicialmente previsto”, explicou.