A empresa Fiji Solutions, sediada em Campina Grande (PB), que alega oferecer serviços de aluguel de criptomoedas e deixou de pagar seus investidores desde o início deste ano, foi alvo de uma ação realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (15). A operação tem como objetivo combater crimes relacionados ao sistema financeiro nacional e à organização criminosa.

No âmbito da operação chamada de “Ilha da Fantasia” – nome que se refere às promessas de lucros irrealistas feitas pelo grupo aos investidores – foram executados oito mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão preventiva, em locais ligados ao negócio.

Um dos mandados foi direcionado ao fundador da Fiji, o empresário Buenos Aires. No entanto, Aires já havia sido preso ontem pela Polícia Civil, no Rio de Janeiro, sob suspeita de abuso sexual infantil.

A PF estima que os responsáveis pelo esquema movimentaram R$ 600 milhões nos últimos três anos. “Os investigados captaram recursos de clientes, prometendo um retorno financeiro expressivo que seria alcançado por meio de transações de compra e venda de criptoativos”, afirmou a instituição em comunicado.

Entenda o caso

A Fiji adotava um modelo de negócio semelhante a esquemas fraudulentos como Braiscompany, GAS Consultoria e Rental Coins, todos conhecidos por prometerem pagamentos mensais fixos por meio de contratos de locação de criptoativos. No entanto, a empresa deixou de pagar os investidores desde fevereiro deste ano. 

Em resposta a essa situação, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) moveu uma ação civil pública contra a Fiji Solutions e obteve sucesso em bloquear cerca de R$ 400 milhões relacionados aos negócios da empresa.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.