A Petrobras (PETR4) divulgou nesta quarta-feira (19) que estabeleceu uma parceria com a Shell (RDSA34) e o Senai CIMATEC para construir o Laboratório de Desenvolvimento de Produção (LDP). 

Com um investimento de R$ 254 milhões, o propósito é viabilizar ambientes operacionais seguros, similares aos encontrados no pré-sal, para testar sistemas integrados. O laboratório está programado para iniciar suas atividades em 2024.

“O desenvolvimento de novas tecnologias é um fator importante na estratégia da Petrobras de reduzir as emissões de suas operações e o Laboratório de Desenvolvimento da Produção cumpre seu papel dentro dessa estratégia”, afirma Maiza Goulart, gerente executiva do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).

Segundo a Petrobras, o laboratório está sendo construído dentro do Senai CIMATEC Park, localizado no Polo Petroquímico de Camaçari (BA). O projeto será financiado pela Petrobras e Shell com recursos da cláusula de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Funcionamento da LDP da Petrobras 

O Laboratório de Desenvolvimento de Produção (LDP) da Petrobras irá dispor de uma equipe técnica multidisciplinar composta por mestres e doutores com expertise em diversas áreas, como modelagem e análise de confiabilidade, engenharia avançada e especializada em simulações computacionais, além de conhecimentos em materiais e análise de falhas e processos. Tudo isso será somado à infraestrutura já existente.

De acordo com a estatal, os testes conduzidos no LDP permitirão que toda a cadeia da indústria de petróleo e gás obtenha vantagens, incluindo:

– Operações submarinas;
– Topsides (parte da plataforma de petróleo offshore que fica acima da linha da água);
– Operações de produção; 
– Elevação e escoamento do óleo do fundo do mar; 
– Processamento.

“O LDP irá permitir avançar, de forma rápida e confiável, no desenvolvimento de novas tecnologias na área de poços, permitindo testar equipamentos e sistemas que hoje não podem ser realizados no Brasil. Além disso, o LDP pode ser um vetor para fortalecer a pesquisa e a inovação nacional, através de ações de P&D”, comenta Rosane Zagatti, gerente de Tecnologia da Shell Brasil.

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Equipe MI

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