O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) confirmou na última segunda-feira (19) que vendeu 11 de suas unidades por R$ 330 milhões. A operação foi realizada por meio de um acordo chamado “sale and leaseback”, no qual o Pão de Açúcar vendeu os imóveis, mas continuará ocupando-os e pagando aluguel, aproveitando os recursos gerados pela venda das lojas.

Ainda de acordo com o comunicado, o contrato de locação terá duração de 15 anos para oito das 11 lojas, enquanto as três restantes terão um prazo inicial mais longo, de 18 anos. Além disso, foram estabelecidas condições para a renovação dos contratos, garantindo a permanência do GPA nos respectivos pontos comerciais.

A venda faz parte do plano do Pão de Açúcar de reduzir sua dívida financeira ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para diminuir a dívida líquida e fortalecer sua estrutura de capital, conforme explicado pela empresa em seu comunicado ao mercado.

Há cerca de um ano, o Pão de Açúcar já havia realizado uma venda bilionária de lojas. Em uma transação com a Barzel Properties, a empresa vendeu 17 lojas por R$ 1,2 bilhão. Anteriormente, em 2020, o GPA também vendeu 39 lojas pelo mesmo valor de R$ 1,2 bilhão.

Plano de redução de alavancagem Pão de açúcar

A decisão da administração da empresa varejista está alinhada com o plano de redução do endividamento, no qual o GPA tem vendido ativos não essenciais para garantir a continuidade do negócio.

Atualmente, de acordo com os dados atualizados do Status Invest, a empresa possui uma dívida líquida total de R$ 3,04 bilhões.

Uma das metas é alcançar uma margem EBITDA ajustada de 8% a 9% no próximo ano.

Para atingir esse objetivo, o Pão de Açúcar está se concentrando não apenas na venda de lojas, mas também na redução do excesso de estoque em suas unidades em operação, além de outras operações de venda de ativos, como a participação no Grupo Éxito.

Equipe MI

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