Pablo Marçal admite que vídeo com Trump foi gravado antes da posse
Pablo Marçal revelou que o vídeo com Donald Trump, amplamente divulgado nas redes sociais, foi gravado em 4 de janeiro, antes da posse do presidente dos Estados Unidos.

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, gerou grande repercussão ao divulgar um vídeo onde aparece ao lado de Donald Trump. Recentemente, em entrevista ao jornal O Globo, Marçal revelou que a gravação, feita no início de janeiro, foi divulgada estrategicamente após a posse do presidente dos Estados Unidos. A cena, que foi capturada no dia 4 de janeiro, se passa no resort Mar-a-Lago, na Flórida, e mostra Marçal pedindo a Trump para “salvar o Brasil”, o que gerou um intenso debate político no Brasil.
O vídeo com Donald Trump, amplamente compartilhado nas redes sociais de Pablo Marçal, inicialmente foi apresentado como se fosse uma gravação realizada próximo à posse do presidente dos Estados Unidos. No entanto, Marçal esclareceu que o vídeo foi, na verdade, gravado em 4 de janeiro, dois dias antes da posse de Trump. O ex-candidato explicou em entrevista que manteve o material guardado até o momento oportuno, buscando “valorizar” sua divulgação.
Em sua conversa com O Globo, Marçal detalhou que sua estadia em Mar-a-Lago, um dos locais mais exclusivos dos Estados Unidos, foi aproveitada para promover uma série de encontros com o então presidente eleito. O resort, que tem mais de 5 mil metros quadrados, foi palco para os encontros de Marçal com Trump, onde, segundo ele, discutiu temas como empreendedorismo, valores cristãos e as relações entre os Estados Unidos e o Brasil.
Estratégia de divulgação e intenção de Marçal
Uma das principais revelações de Marçal foi a estratégia por trás da divulgação do vídeo. O ex-coach afirmou que preferiu esperar até a posse de Trump para soltar as gravações, uma decisão deliberada. Ele acredita que, ao fazer isso, poderia gerar maior repercussão entre os bolsonaristas, que, segundo ele, poderiam vê-lo como “inimigo da direita”. Essa tática de “valorizar” o momento da divulgação tem como objetivo, além da estratégia política, capitalizar a atenção gerada nas redes sociais.
“Eu sou um investidor”, declarou Marçal ao justificar sua decisão. O ex-candidato afirmou que sempre teve como objetivo tornar o vídeo mais impactante, o que gerou discussões no cenário político brasileiro. Esse movimento se insere em um contexto de crescente polarização política no Brasil, onde figuras como Marçal buscam se posicionar dentro do debate ideológico, especialmente com as próximas eleições presidenciais de 2026 em vista.
O encontro com Donald Trump e seus desdobramentos
A presença de Pablo Marçal em Mar-a-Lago não se limitou ao famoso vídeo. O ex-candidato afirmou que, além da gravação com Trump, ele participou de outros eventos pagos onde o presidente eleito dos Estados Unidos fazia presença VIP entre os hóspedes. Marçal também destacou que foi convidado para o lançamento de um filme de John Eastman, advogado conhecido por suas tentativas de reverter os resultados das eleições de 2020.
Esses eventos não foram apenas uma oportunidade para Marçal fazer um contato com Trump, mas também para estreitar laços com outras personalidades influentes nos Estados Unidos, o que pode ter repercussões nas suas estratégias políticas futuras. Durante esses encontros, Marçal também procurou discutir temas como empreendedorismo, áreas de interesse para seu perfil político e para as relações entre Brasil e Estados Unidos, focando em valores cristãos e fortalecimento econômico.
Tentativas frustradas de outros membros da direita brasileira
A posse de Trump foi vista como uma oportunidade para membros da direita brasileira se aproximarem do novo governo americano. No entanto, a busca por esse contato não foi bem-sucedida para todos. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que estavam presentes em Washington, não conseguiram adentrar no Capitólio para a cerimônia de posse e assistiram ao evento de um estádio. Outros parlamentares da oposição também tentaram, sem sucesso, se reunir com Trump, o que fez com que a estratégia de Marçal se destacasse ainda mais.