Oi (OIBR3) propõe grupamento de ações e adia divulgação do balanço do 2T25
A Oi (OIBR3) anunciou a proposta de grupamento de ações na proporção de 25 para 1, que será votada em assembleia em setembro de 2025, com objetivo de manter a cotação acima de R$ 1,00, atrair investidores institucionais e recompor liquidez.

A Oi (OIBR3) anunciou nesta quarta-feira (27) duas medidas importantes para sua estratégia de reestruturação: a proposta de grupamento de ações na proporção de 25 para 1, que será votada em assembleia, e o adiamento da divulgação do balanço do segundo trimestre de 2025. As decisões reforçam o esforço da companhia em se adequar às exigências da B3, preservar liquidez e manter investidores informados sobre seus resultados financeiros.
Grupamento de ações será votado em setembro
O Conselho de Administração da Oi aprovou a submissão à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para 29 de setembro de 2025, da proposta de grupamento de ações ordinárias e preferenciais na proporção de 25 para 1.
A iniciativa tem três objetivos principais:
- Readequar a cotação dos papéis da companhia para valores acima de R$ 1,00, conforme exigido pela B3, a bolsa de valores brasileira.
- Ampliar o interesse de investidores institucionais, que costumam evitar ações negociadas a preços muito baixos.
- Recompor a liquidez, favorecendo negociações mais equilibradas no mercado secundário.
Caso os acionistas aprovem a proposta, o capital social da empresa, atualmente dividido em aproximadamente 330,1 milhões de ações, passará a ser representado por 13,1 milhões de ações – sendo 13,08 milhões de ordinárias (ON) e cerca de 56,6 mil preferenciais (PN).
Além disso, as American Depositary Shares (ADSs) também serão ajustadas. Cada ação ordinária ou preferencial passará a corresponder a 5 ADSs da mesma espécie, mantendo a equivalência para investidores estrangeiros.
Ajustes para os acionistas e frações de ações
Se aprovado o grupamento, os acionistas terão um prazo mínimo de 30 dias após a AGE para reorganizar suas posições em múltiplos de 25 ações. Nesse período, será possível ajustar carteiras para evitar frações.
As sobras fracionárias serão reunidas e vendidas em leilões realizados na B3, com a distribuição proporcional dos valores arrecadados entre os investidores detentores dessas frações. Esse processo garante que nenhum acionista seja prejudicado pelo novo formato de capital social da empresa.
Adiamento da divulgação do balanço do 2º trimestre de 2025
Em comunicado separado, a Oi informou que precisará de mais tempo para concluir os trabalhos de auditoria relacionados ao Formulário de Informações Trimestrais (2º ITR/25), referente à posição em 30 de junho de 2025.
A divulgação, que estava marcada para 28 de agosto de 2025, foi adiada para 4 de setembro de 2025. Segundo a companhia, o relatório já está finalizado e os procedimentos de auditoria encontram-se substancialmente concluídos, restando apenas ajustes técnicos para sua publicação oficial.
Relevância das medidas para a Oi (OIBR3)
O grupamento de ações da Oi (OIBR3) é uma medida comum entre empresas que precisam ajustar a cotação de seus papéis para atender às normas da bolsa e evitar riscos de deslistagem. Ao elevar o preço unitário das ações, a empresa busca não apenas cumprir exigências regulatórias, mas também melhorar a percepção do mercado e aumentar o interesse de grandes investidores.
O adiamento da divulgação do balanço, por sua vez, reflete a preocupação da empresa em apresentar informações financeiras consistentes e auditadas, fator crucial para garantir transparência junto ao mercado.
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