Número de investidores em renda fixa aumenta 7%; entenda o que motivou
O número de investidores pessoa física em renda fixa cresceu 7% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, segundo apontado no estudo mais recente da B3, divulgado nesta quarta-feira (04).
Na pesquisa, é mostrado que o total de CPFs cadastrados subiu de 16,5 milhões para 17,7 milhões ao longo de 12 meses, enquanto o valor sob custódia aumentou 19%, passando de R$ 1,9 trilhão para R$ 2,3 trilhões.
Entre os produtos de renda fixa, o grande destaque ficou por conta dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que reportou um aumento de 19% na base de investidores e um crescimento de 21% no saldo, na comparação entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024.
Atualmente, há 365 mil investidores pessoas físicas em CRIs, com um saldo total de R$ 84 bilhões e um saldo mediano de R$ 40 mil.
Quantidade de investidores em FIIs também cresceu
Entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, o número de Fundos Imobiliários (FIIs) negociados na B3 cresceu 18%, passando de 373 para 439. No mesmo intervalo, o número de investidores com posições em FIIs aumentou 23%, refletindo um interesse crescente pelo produto.
Entretanto, com a entrada de novos investidores, o saldo mediano por investidor caiu 15%, indicando que os brasileiros estão investindo valores menores. Há 12 meses, o saldo mediano era de R$ 3,1 mil, enquanto atualmente é de R$ 2,6 mil, um valor próximo ao de produtos mais populares, como o Tesouro Direto (R$ 2,4 mil) e ações (R$ 2,1 mil).
O perfil dos investidores em FIIs tende a focar no médio e longo prazo, priorizando rentabilidade, redução de riscos e estabilidade, com monitoramento frequente de seus investimentos.
Tesouro Direto segue a tendência
Por sua vez, o número de investidores no Tesouro Direto aumentou de 2,2 milhões para 2,7 milhões em junho de 2024, um crescimento de 19%. Esta elevação impulsionou o valor de custódia para um recorde de R$ 136,5 bilhões no segundo trimestre de 2024, comparado a R$ 116,5 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Os títulos Tesouro IPCA e Tesouro Selic destacam-se no portfólio, sendo responsáveis por 75% do saldo total sob custódia. O Tesouro IPCA é apreciado por sua menor volatilidade, enquanto o Tesouro Selic é preferido por suas altas taxas de juros.
Apesar disso, o saldo mediano por investidor caiu 22%, passando de R$ 3,1 mil para R$ 2,4 mil. Esse declínio reflete o aumento no número de investidores e a busca por opções de investimento com retornos mais atraentes.