O fundo imobiliário MXRF11 anunciou a distribuição de dividendos isentos de imposto de renda equivalentes a 102,29% do CDI, ao mesmo tempo em que fortalece sua carteira de ativos com investimentos significativos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A movimentação ocorreu com base nos resultados de março de 2025 e reforça a estratégia da gestora de manter uma atuação ativa na alocação de recursos e geração de caixa.

Dividendos do MXRF11 superam o CDI e beneficiam cotistas

Em abril, o MXRF11 efetuou o pagamento de R$ 0,09 por cota referente aos lucros obtidos no mês anterior. Com o valor de mercado da cota encerrando março a R$ 9,16, o rendimento representa 102,29% do CDI, mantendo a atratividade do fundo frente a outros investimentos de renda fixa. Quando ajustado pelo gross-up (bruto) de 15% — o equivalente ao que seria necessário para um investimento tributável alcançar o mesmo retorno líquido —, o dividendo representaria 120,34% do CDI.

Essa performance reforça o MXRF11 como uma das opções mais procuradas entre os investidores que buscam renda mensal isenta de IR com bom desempenho em relação aos indicadores de referência. A consistência nos pagamentos também fortalece a confiança dos cotistas no modelo de gestão adotado.

Resultados financeiros robustos e crescimento no lucro líquido

O desempenho positivo do fundo foi impulsionado por um sólido resultado financeiro. Em março de 2025, o MXRF11 apurou um lucro líquido de R$ 38,614 milhões, superando os R$ 37,734 milhões registrados no mês anterior. As receitas totais atingiram R$ 41,795 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 3,181 milhões.

O principal motor desse resultado foi o book de CRIs, que entregou um resultado em caixa de R$ 35,27 milhões. Outros segmentos da carteira também contribuíram: os fundos imobiliários (FIIs) geraram R$ 4,89 milhões, enquanto as permutas financeiras renderam R$ 1,4 milhão. Segundo a gestão, há perspectiva de aumento nesse último montante com o lançamento iminente de dois projetos, o que pode trazer novos recebíveis para o fundo.

Outro ponto que merece destaque é a reserva acumulada de correção monetária, que chegou a R$ 14,33 milhões, o equivalente a R$ 0,0328 por cota. Essa reserva é reflexo da inflação elevada no período, combinada ao regime de caixa adotado pelo fundo, o que acaba beneficiando os cotistas com uma distribuição mais robusta ao longo dos meses seguintes.

Alocação estratégica: fundo investe R$ 55,1 milhões em CRIs

Em linha com sua estratégia de manter a carteira dinâmica e rentável, o MXRF11 realizou a alocação de R$ 55,1 milhões em novas operações e tranches adicionais de CRIs durante o mês de março. Esse movimento reforça a importância dos Certificados de Recebíveis Imobiliários na composição da carteira do fundo, responsáveis pela maior parte do resultado positivo no período.

Além disso, a gestora também destinou R$ 1,35 milhão para projetos de permutas financeiras já em andamento, mantendo sua exposição nesse segmento com potencial de valorização. Por outro lado, o portfólio de FIIs não registrou movimentações relevantes no mês, o que pode indicar uma postura mais seletiva diante das condições atuais do mercado secundário.