Minerva (BEEF3) aposta na América do Sul como motor de crescimento até 2027
O CEO do Minerva Foods (BEEF3), Fernando Queiroz, afirmou que a América do Sul nunca teve tanto espaço no mercado internacional, com abertura constante de novos mercados.

Durante o Investor Day, realizado nesta terça-feira (30), a Minerva Foods (BEEF3) reforçou seu otimismo em relação ao futuro da América do Sul no mercado global de carnes. Para o CEO Fernando Queiroz, a região vive um momento único e deve se consolidar ainda mais como protagonista internacional nos próximos anos.
“Escolhemos estar na parte do planeta que oferece maiores vantagens comparativas”, afirmou Queiroz, ao explicar a estratégia da companhia. Segundo ele, a janela de oportunidades que se abre para 2026 e 2027 está diretamente ligada à crescente demanda global e ao fortalecimento da competitividade sul-americana.
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América do Sul no centro das atenções
Enquanto o Hemisfério Norte enfrenta limitações na produção agrícola, a América do Sul ganha destaque pela sua capacidade produtiva. O avanço da abertura de novos mercados tem favorecido empresas como a Minerva, que vem ampliando sua presença em países que antes não importavam carne bovina da região.
Um dos fatores que contribuem para esse cenário é a redução do rebanho nos Estados Unidos, ainda em fase inicial de retenção de fêmeas, o que abre espaço para exportadores sul-americanos. “Não é à toa que estamos registrando recordes de exportação, com ou sem tarifas”, ressaltou o executivo.
Além disso, a Europa enfrenta dificuldades na produção, e a China vem diminuindo o tamanho de seu rebanho, enquanto a Oceania possui apenas 25 milhões de cabeças de gado. Em contrapartida, a América do Sul conta com cerca de 360 milhões de cabeças, reforçando sua posição como líder global na pecuária.
Preparação para um mundo cada vez mais volátil
Queiroz também chamou atenção para o ambiente global atual, marcado por volatilidade e incertezas. Segundo ele, esses fatores tornam ainda mais importante adotar estratégias sólidas de gestão de risco, que já fazem parte do DNA da Minerva.
“Estruturas sólidas podem se fortalecer em momentos de volatilidade, e é isso que tentamos traduzir em nosso modelo de negócios”, destacou. Para os investidores, a mensagem é clara: a empresa está pronta para transformar riscos em oportunidades.
Os pilares da estratégia da Minerva Foods
A companhia tem sua atuação sustentada em três pilares centrais:
- Gestão de risco – resposta rápida a mudanças tarifárias, sanitárias ou cambiais;
- Diversificação geográfica – flexibilidade para operar em diferentes mercados;
- Escala – fator que garante à empresa maior poder de negociação e competitividade no mercado global.
Esses pilares sustentam a visão de longo prazo da Minerva e reforçam sua capacidade de se posicionar como referência internacional.
Quatro caminhos para gerar valor
Além de sua estratégia central, a Minerva aposta em quatro frentes para ampliar a geração de valor:
- Eficiência operacional: aceleração do ramp-up das novas fábricas para ganhar produtividade;
- Excelência comercial: antecipação de tendências e arbitragem de mercados;
- Produtos diferenciados: desenvolvimento de itens premium, como orgânicos e produtos com especificações especiais, em um segmento estimado em US$ 2 bilhões;
- Equipe comprometida: uma cultura voltada a resultados, colaboração e proteção mútua entre colaboradores.
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