Michelle Bolsonaro é a principal adversária de Lula para as eleições de 2026, aponta pesquisa do MDA
Uma pesquisa recente revelou que Michelle Bolsonaro é a principal adversária de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) desponta como a principal adversária de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2026, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada na última terça-feira (12). Caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível, Michelle seria a candidata de direita mais próxima de Lula na corrida eleitoral. O levantamento revela os cenários de disputa, os possíveis resultados e as preferências do eleitorado em relação a diferentes nomes da política brasileira.
Michelle Bolsonaro: a favorita de direita para 2026
No cenário em que Michelle Bolsonaro é a principal concorrente de Lula, a pesquisa apontou que o presidente atual lideraria a disputa com 34,1% das intenções de voto, seguido pela ex-primeira-dama, que ficaria com 20,5%. Em um contexto em que outros nomes de direita, como o influenciador Pablo Marçal (PRTB) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram testados, Michelle obteve um desempenho superior, com Marçal alcançando 14,1% e Tarcísio, 15%.
Esse cenário destaca a força de Michelle Bolsonaro, que tem se consolidado como uma figura relevante na política brasileira desde o período em que esteve à frente do Palácio do Planalto. A pesquisa também incluiu o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que aparece com 9,3% das intenções de voto, e da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com 9,2%.
Como seria a disputa com outros nomes de direita?
Em cenários alternativos, como a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Lula segue na liderança, com 35,2% das intenções de voto. Tarcísio aparece com 15%, enquanto Pablo Marçal alcança 16,9%. A ex-ministra Simone Tebet tem 9,5%, e Ciro Gomes soma 9,4%.
Já no caso em que Jair Bolsonaro disputasse a eleição, a pesquisa mostrou que o ex-presidente ficaria muito próximo de Lula, com 32,2% contra 35,2% de Lula. Outros concorrentes, como Marçal e Tebet, aparecem com resultados mais modestos, com 8,4% e 8%, respectivamente. A pesquisa revela que, sem a candidatura de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro seria a alternativa mais forte à esquerda para 2026, superando outros nomes testados.
Análise do eleitorado: quem preferem os eleitores de direita e esquerda?
A pesquisa também apresentou os resultados de uma pergunta crucial: quem seria o melhor candidato à presidência em 2026 para os eleitores de direita e centro-direita? O nome de Jair Bolsonaro se destaca, com 47,9% das preferências, seguido por Marçal (11,4%), Tarcísio de Freitas (10,5%) e Michelle Bolsonaro (5,1%).
No caso de Bolsonaro não ser elegível, Tarcísio de Freitas se coloca como a opção preferida por 22,6% dos eleitores de direita, enquanto Michelle alcança 21,9%, apenas uma diferença de 0,7%. Pablo Marçal também continua com uma base de apoio significativa, com 20,3%.
O que pensam os eleitores de esquerda?
Entre os eleitores de esquerda e centro-esquerda, as intenções de voto seguem a tendência de apoio a Lula, que é o candidato preferido por 60,2% dos entrevistados. No caso de o presidente não buscar a reeleição, os entrevistados indicaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como a melhor opção para a continuidade do governo, com 31,3% das intenções de voto. Em seguida, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) aparece com 17,5%, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com 15%.
Inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030
A pesquisa também levantou o importante contexto jurídico que envolve a figura de Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), devido a uma reunião com embaixadores que ocorreu durante seu governo, onde fez alegações infundadas sobre a integridade das urnas eletrônicas no Brasil, uma tentativa de questionar a validade do processo eleitoral de 2022. Essa inelegibilidade tem um grande impacto nas eleições de 2026, já que a proibição de Bolsonaro concorrer interfere diretamente nas preferências do eleitorado de direita.