Mercado imobiliário brasileiro mantém valorização e supera inflação no 1º semestre de 2025
O mercado imobiliário brasileiro registrou alta de 3,33% nos preços de venda de imóveis residenciais no primeiro semestre de 2025, superando a inflação medida pelo IPCA (3,01%).

O mercado imobiliário brasileiro continuou em alta durante o primeiro semestre de 2025, registrando uma valorização significativa nos preços dos imóveis residenciais. Segundo o Índice FipeZAP, os preços de venda subiram 3,33% no período, superando a inflação oficial medida pelo IPCA, que ficou em 3,01%. Esse desempenho reafirma a força do setor mesmo diante das variações econômicas do país.
Mercado imobiliário registra crescimento em quase todas as cidades brasileiras
No levantamento realizado pelo Índice FipeZAP, 55 das 56 cidades monitoradas apresentaram alta nos preços dos imóveis residenciais. A única exceção foi a capital Goiânia, que registrou uma leve queda de 0,64%. O destaque ficou por conta de Vitória (ES), que liderou o ranking com uma valorização expressiva de 11,88% no semestre.
Além de Vitória, outras cidades também se destacaram com altas relevantes: Salvador teve valorização de 9,86%, João Pessoa cresceu 9,20%, e São Luís registrou aumento de 8,30%. Esses números indicam um movimento forte do mercado imobiliário em regiões com potencial de desenvolvimento e demanda crescente por moradia.
Valorização dos imóveis em junho reforça a tendência de alta
No mês de junho de 2025, os preços dos imóveis residenciais subiram 0,45%, repetindo praticamente o desempenho de maio, que foi de 0,46%. Entre os diferentes tipos de imóveis, as unidades com um quarto tiveram a maior valorização mensal, com alta de 0,61%. Já os imóveis maiores, com quatro ou mais dormitórios, tiveram o menor reajuste, de 0,18%.
Esse comportamento indica uma preferência do mercado por imóveis menores, que costumam ser mais acessíveis e atraem principalmente jovens, solteiros e investidores que buscam alta liquidez.
Preços dos imóveis superam índices inflacionários nos últimos 12 meses
Ao observar o desempenho acumulado nos últimos 12 meses, o mercado imobiliário também mostra ganhos robustos. Os preços médios de venda dos imóveis residenciais aumentaram 7,49%, superando o IPCA estimado para o período, que foi de 5,37%, e o IGP-M, com alta de 4,39%. Essa valorização consistente demonstra a resiliência do setor diante da inflação e das oscilações econômicas.
As unidades com apenas um dormitório tiveram a melhor performance, com valorização de 8,80%, enquanto as maiores, com quatro ou mais dormitórios, cresceram 5,81%. Esses dados reforçam a preferência por imóveis mais compactos e de fácil comercialização.
Valor do metro quadrado e as capitais mais valorizadas
No mês de junho, o valor médio do metro quadrado dos imóveis residenciais no Brasil alcançou R$ 9.319. As unidades de um dormitório apresentaram o maior preço médio, com R$ 11.246/m², enquanto as de dois quartos foram as mais acessíveis, com valor médio de R$ 8.392/m².
Entre as capitais brasileiras, Vitória lidera o ranking com o metro quadrado mais caro do país, cotado a R$ 13.711/m². Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 12.355/m²), São Paulo (R$ 11.613/m²), Curitiba (R$ 11.228/m²) e Rio de Janeiro (R$ 10.584/m²).
Por que o mercado imobiliário brasileiro segue valorizado?
O crescimento do mercado imobiliário nos primeiros meses de 2025 pode ser explicado por diversos fatores:
- Demanda aquecida: O interesse por imóveis residenciais permanece forte, especialmente em cidades com crescimento econômico e infraestrutura em expansão.
- Perfil dos compradores: Imóveis menores continuam em alta, atraindo jovens profissionais e investidores.
- Oferta controlada: A construção de novos imóveis não tem acompanhado a demanda, contribuindo para a valorização dos preços.
- Condições econômicas: Apesar da inflação, o crédito imobiliário tem se mantido acessível, estimulando a compra e venda.
Esse conjunto de fatores faz com que o mercado imobiliário brasileiro apresente uma trajetória de valorização que supera índices tradicionais de inflação, refletindo um cenário promissor para compradores e investidores.