Os preços de imóveis residenciais no Brasil seguem em alta, superando a inflação oficial e mostrando força no mercado imobiliário mesmo em um cenário econômico mais moderado. De acordo com o Índice FipeZAP, em agosto de 2025, o valor médio de venda dos imóveis residenciais subiu 0,50%, enquanto a prévia da inflação medida pelo IPCA-15 recuou 0,14%. O resultado também ficou acima do IGP-M, que registrou avanço de 0,36% no mesmo período.

Essa valorização evidencia que o setor imobiliário continua sendo um investimento relevante, especialmente em capitais e regiões com maior demanda, onde a procura por moradias de médio e alto padrão impulsiona o aumento dos preços.

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Valorização dos imóveis em 2025

O acumulado do ano reforça a tendência de valorização: os preços de imóveis residenciais registram uma alta de 4,45% em 2025, superando a inflação oficial, que gira em torno de 3,12%. Entre as capitais brasileiras, Vitória lidera o ranking de valorização, com aumento de 15,20%, seguida por Salvador (12,50%) e João Pessoa (11,86%).

Essa valorização expressiva reflete fatores como a escassez de terrenos em áreas centrais, a alta demanda por imóveis prontos e o crescimento de cidades médias e litorâneas, que atraem moradores em busca de qualidade de vida.

Capitais e cidades com maior alta em agosto

Em agosto, 50 das 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP registraram aumento nos preços de venda, incluindo 19 das 22 capitais acompanhadas. As maiores elevações mensais foram observadas em:

  • Fortaleza: +1,31%
  • Maceió: +1,25%
  • João Pessoa: +1,20%

Esse movimento mostra que o crescimento dos preços não se limita às capitais tradicionais, mas se estende a cidades médias, especialmente no Nordeste, impulsionando o mercado local e atraindo investidores.

Impacto da tipologia dos imóveis

O tamanho e a tipologia dos imóveis influenciam diretamente o aumento dos preços. Unidades com três dormitórios tiveram valorização média de 0,66%, enquanto imóveis menores, com dois quartos, registraram avanço mais modesto, de 0,42%.

Curiosamente, os imóveis de um dormitório apresentam o maior preço médio por metro quadrado, com valor de R$ 11.358/m², enquanto unidades de dois dormitórios têm preço médio de R$ 8.482/m². Essa diferença reflete a demanda por imóveis compactos em áreas centrais, ideais para solteiros, jovens casais e investidores que buscam retorno rápido na locação.

Preço médio por metro quadrado nas capitais

Entre as 22 capitais monitoradas, Vitória segue como a cidade com o metro quadrado mais caro (R$ 14.117/m²), seguida por Florianópolis (R$ 12.519/m²), São Paulo (R$ 11.721/m²) e Curitiba (R$ 11.381/m²).

Esses números indicam que, embora a valorização seja generalizada, há disparidades regionais importantes, motivadas pela economia local, infraestrutura urbana, oferta de imóveis e atratividade para moradia ou investimento.

Por que os preços de imóveis residenciais continuam em alta

A manutenção da valorização dos preços de imóveis residenciais está ligada a diversos fatores:

  1. Demanda aquecida – Mesmo com inflação controlada, a procura por moradia continua alta, principalmente em capitais e cidades litorâneas.
  2. Escassez de oferta – A falta de novos empreendimentos em áreas centrais pressiona os valores.
  3. Investimento seguro – Imóveis são vistos como proteção contra a inflação e alternativa de investimento para famílias e investidores.
  4. Crescimento regional – Capitais médias e cidades do Nordeste apresentam valorização acima da média nacional, atraindo novos moradores e investidores.

Dessa forma, o setor imobiliário mantém sua relevância, e especialistas indicam que a tendência de alta deve se sustentar ao longo de 2025, ainda que em ritmo moderado, dependendo da oferta de novos imóveis e da política de juros.

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