A Marisa Lojas (AMAR3) reportou um prejuízo líquido ajustado de R$101,3 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), representando uma redução de 51,8% em relação ao prejuízo de R$210,1 milhões registrado no mesmo período de 2022. Esses números foram impactados pelos desafios enfrentados durante o processo de reestruturação ocorrido em 2023, conforme informado pela empresa em seu release de resultados.

O Ebitda do varejo (pró-forma) apresentou um resultado negativo de R$22 milhões, comparado a um valor negativo de R$23,834 milhões no mesmo período do ano anterior.

No dia 17 de março de 2024, a companhia divulgou uma prévia não auditada de seus resultados financeiros e operacionais referentes ao quarto trimestre de 2023 e ao exercício social de 2023.

Após uma revisão realizada pelos auditores independentes, as despesas operacionais do varejo sofreram ajustes, principalmente devido ao provisionamento de passivos tributários e ao programa de benefícios, além de outros ajustes menores, como explicado pela Marisa. Consequentemente, esses ajustes tiveram um impacto de R$13 milhões no Ebitda Pró-Forma do Varejo para o quarto trimestre e de R$18 milhões para o ano de 2023, destaca a Marisa.

No período de outubro a dezembro, a receita líquida do varejo registrou uma queda de 41,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$409,384 milhões. Por outro lado, a receita líquida consolidada foi de R$417,413 milhões, representando uma redução de 43,5% em relação ao mesmo período de 2022.

Quanto à dívida líquida da companhia, houve uma redução significativa de 55,9%, ou R$91,8 milhões, entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, totalizando uma dívida de R$72,4 milhões ao final do ano. Essa redução foi atribuída à amortização de passivos devido ao recebimento do empréstimo contratado com o Banco BTG Pactual, de acordo com a empresa. 

Por fim, no último trimestre o resultado financeiro líquido registrou um saldo positivo de R$6,2 milhões, em comparação ao prejuízo de R$51,9 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi atribuído à redução da taxa Selic e ao menor nível de dívida bruta, conforme explicado pela Marisa.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.