Lucro do Santander (SANB11) cresce 27,8% no 1T25, acima das expectativas
O bom desempenho também se refletiu no ROE, com alta de 3,3 pontos percentuais em relação ao 1T24.

O Santander (SANB11) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, marcando um crescimento expressivo de 27,8% em comparação com o mesmo período de 2024. A performance foi superior às expectativas do mercado, que projetavam um lucro de R$ 3,6 bilhões, segundo a análise de consenso realizada pela Bloomberg.
O resultado positivo também se refletiu no retorno sobre o patrimônio (ROE), indicador que é monitorado de perto pelos analistas. O ROE do banco atingiu 17,4%, um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A XP Investimentos, que havia projetado um ROE de 16,2%, viu a performance do Santander como uma surpresa positiva.
Apesar disso, o ROE apresentou uma leve queda de 0,2 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, o que é comum no primeiro trimestre, historicamente mais fraco. O CEO do Santander, Mario Leão, comentou sobre o resultado:
“Seguimos no caminho da evolução sustentável do nosso ROAE, com disciplina na alocação de capital, pautados por nossos pilares estratégicos e transformação constante.”
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Receitas e margem finaceira
Em relação às receitas, o Santander atingiu R$ 21 bilhões, um crescimento de 7% ante o primeiro trimestre do ano passado. O banco destacou que a elevação das receitas foi impulsionada principalmente pela margem financeira, que teve um incremento significativo em razão dos maiores volumes e spreads com os clientes.
A margem financeira, que reflete a diferença entre o que o banco paga pelos recursos captados e o que cobra pelos empréstimos, foi de R$ 15,9 bilhões, o que representa uma alta de 7,7% em relação ao ano anterior, embora tenha registrado uma leve queda de 0,4% se comparado ao último trimestre de 2024.
Índice de inadimplência
Quanto aos indicadores de inadimplência, o banco manteve o índice de 15 a 90 dias em 4,1%, estável tanto no trimestre quanto no ano. No entanto, a inadimplência acima de 90 dias subiu para 3,3%, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior, especialmente devido ao crescimento do índice entre as empresas, que teve um aumento de 0,4 ponto percentual.
Resumo dos resultados
- Lucro líquido gerencial: R$ 3,9 bilhões; Alta de 27,8% em relação ao 1T24.
- Retorno sobre o patrimônio (ROE): 17,4%; +3,3 p.p. ante 1T24; -0,2 p.p. em relação ao 4T24.
- Receitas totais: R$ 21 bilhões; Crescimento de 7% ante 1T24.
- Margem financeira: R$ 15,9 bilhões; +7,7% no ano; -0,4% em relação ao 4T24.
- Inadimplência (15 a 90 dias): 4,1%; Estável no trimestre e no ano.
- Inadimplência (> 90 dias): 3,3%; +0,2 p.p. ante 1T24.
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