Na mais recente reviravolta do drama financeiro da Oi (OIBR3), a Justiça do Rio de Janeiro homologou o tão aguardado plano de recuperação judicial da empresa e suas subsidiárias. A decisão foi tomada pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, confirmando o caminho para a reestruturação financeira do gigante das telecomunicações.

Resolução da dívida de R$ 44,3 bi da OI

A magnitude do desafio financeiro enfrentado pela Oi fica clara ao considerar a dívida colossal de R$ 44,3 bilhões que o plano de recuperação visa resolver. Esta dívida tem sido uma pedra no sapato da empresa, impedindo-a de operar com estabilidade e crescimento sustentável. Com a aprovação do plano, uma luz surge no fim do túnel para a Oi e seus investidores.

Uma das peças-chave para o sucesso deste plano é o apoio maciço dos credores. Na assembleia realizada em abril, impressionantes 79,87% dos credores quirografários, representando 56,15% do valor total da dívida, deram seu aval ao plano. Este apoio substancial é um voto de confiança na viabilidade da estratégia proposta pela empresa.

Estratégia de sustentação de operações 

Central para o plano é a injeção de recursos destinados a manter as operações da Oi durante o processo de recuperação. Esta estratégia visa garantir que a empresa possa continuar a funcionar sem interrupções significativas até que a venda de ativos possa ser realizada. Um novo financiamento de até US$ 655 milhões foi acordado, com contribuições substanciais tanto dos credores financeiros quanto da empresa de infraestrutura de telecomunicações V.tal, controlada pelo BTG Pactual.

Este avanço marca um ponto de virada significativo para a Oi, trazendo esperança para seus funcionários, investidores e clientes. Embora os desafios ainda sejam grandes, a homologação do plano de recuperação judicial representa um passo crucial em direção à estabilidade e ao crescimento sustentável da empresa.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.