Réus da trama golpista acompanharão julgamento do STF remotamente
O julgamento da trama golpista no STF começa em setembro e a maioria dos réus do núcleo crucial acompanhará as sessões remotamente.

O julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a começar, e a expectativa é de que a maioria dos réus acompanhe as sessões de forma remota. Apenas o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, deve comparecer presencialmente, enquanto os demais réus serão representados por suas defesas e assistirão pelo sistema de transmissão do STF.
A decisão sobre a forma de acompanhamento do julgamento ocorre às vésperas do início das sessões, que vão definir se os acusados serão absolvidos ou condenados pela acusação de liderarem uma organização criminosa voltada para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral de 2022.
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Presença dos réus no julgamento da trama golpista
Entre os oito réus enquadrados no chamado núcleo crucial da trama golpista, a maioria deve evitar a presença física no STF. A orientação dos advogados é que os acusados acompanhem o julgamento remotamente, minimizando exposição pública e riscos de segurança.
O ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira é a única exceção confirmada até o momento e deve comparecer presencialmente a alguma sessão. Já os demais réus, incluindo figuras de destaque do governo Bolsonaro, devem assistir de forma virtual.
A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos nomes mais aguardados no julgamento. Ele cumpre prisão domiciliar após descumprir restrições impostas pelo STF, como a proibição de usar redes sociais. Para comparecer presencialmente, precisaria de autorização do ministro Alexandre de Moraes.
Advogados recomendam que Bolsonaro participe remotamente para evitar riscos e exposição. No entanto, aliados do ex-presidente avaliam que a presença física poderia ser interpretada como uma demonstração de força política. Vale lembrar que Bolsonaro já esteve no STF em junho para ser interrogado e chegou a acompanhar uma das sessões anteriores do processo.
Réus que devem acompanhar o julgamento remotamente
Além de Bolsonaro, outros réus importantes devem permanecer fora do plenário do STF, acompanhando as sessões via televisão:
- General Braga Netto, preso no Rio de Janeiro por tentar atrapalhar investigações;
- Mauro Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do esquema;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
O deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ainda não definiu se irá comparecer presencialmente ou acompanhará de forma remota.
Como será o julgamento da trama golpista
A Primeira Turma do STF reservou cinco dias e oito sessões para o julgamento, que terá início no dia 2 de setembro e se estenderá até o dia 12 do mesmo mês. A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o núcleo crucial da trama golpista liderou ações coordenadas para tentar manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
Todos os réus negam participação na trama e pedem a rejeição da denúncia, alegando falta de provas. Durante as sessões, a defesa poderá apresentar argumentos e documentos para sustentar a inocência dos acusados, enquanto o STF analisará os elementos apresentados pela PGR.
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