A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, comentou nesta quinta-feira (19) sobre a recente decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir os juros em 0,5 ponto percentual, classificando-a como um sinal positivo para a economia dos Estados Unidos. 

Yellen destacou que essa ação demonstra a confiança do Fed de que a inflação está caindo significativamente e se aproximando da meta de 2%.

Além disso, a secretária explicou que, apesar da redução, o mercado de trabalho permanece robusto, e o corte de juros reflete uma tentativa de ajustar a política monetária, que vinha sendo restritiva, sem comprometer a força desse mercado. 

Embora os juros ainda estejam em um patamar restritivo, Yellen sugeriu que os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, e as projeções do dot plot indicam expectativas de futuras quedas nas taxas, mas alertou que novos dados econômicos podem trazer surpresas.

Primeira queda na taxa dos juros em 4 anos

O Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, deu início ao esperado ciclo de corte de juros no país, com uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa de referência. 

A partir de agora, a taxa dos Fed Funds ficará entre 4,75% e 5,00% ao ano pelos próximos 45 dias.

Vale destacar que o corte foi maior que o esperado pela maioria dos economistas e o primeiro em um intervalo de quatro anos. 

O Fed aumentou as taxas de juros 11 vezes desde o início de 2022, em um esforço para combater a inflação crescente. A medida buscava esfriar a economia e controlar o aumento dos preços, que se acelerou após os impactos da pandemia e das disrupções nas cadeias de suprimento globais. 

Desde julho de 2023, o banco central norte-americano mantinha as taxas em níveis elevados, com o objetivo de conter a inflação sem causar uma desaceleração econômica excessiva.

Agora, ao iniciar o ciclo de alívio monetário, o comunicado do Federal Reserve sinaliza maior confiança de que a inflação está finalmente caminhando de forma sustentável para sua meta de 2%. 

Além disso, o colegiado ressaltou que, atualmente, os riscos para atingir seus objetivos de pleno emprego e estabilidade de preços estão “aproximadamente em equilíbrio”, o que contribuiu para a decisão de reduzir as taxas de juros.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.