Novo presidente da CCJ promete prioridade para isenção do Imposto de Renda
Paulo Azi, novo presidente da CCJ da Câmara dos Deputados, anunciou que dará prioridade à tramitação da proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

O novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Paulo Azi (União-BA), anunciou que dará prioridade à tramitação do projeto do governo que isenta o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil. A proposta foi protocolada na noite desta terça-feira e o Executivo pediu urgência na análise, embora a decisão sobre o trâmite do projeto seja do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Azi se comprometeu a garantir que as propostas do governo sejam analisadas com celeridade, ressaltando que a CCJ terá foco na tramitação eficiente, sem interferência partidária ou local.
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Prioridade à isenção do Imposto de Renda
Paulo Azi afirmou que, como presidente da CCJ, dará especial atenção à proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, um dos principais projetos do governo atual. De acordo com o deputado, todas as iniciativas enviadas pelo Executivo receberão tratamento prioritário na Comissão, que tem papel fundamental na análise de temas constitucionais. Azi destacou que a função da CCJ é garantir a tramitação rápida e eficiente das propostas, permitindo que o Congresso se dedique à aprovação de políticas públicas essenciais para a população.
Esse projeto, que visa beneficiar uma parte significativa da população com a isenção do Imposto de Renda, integra um conjunto de medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e é considerado uma das principais iniciativas do governo para aliviar a carga tributária dos brasileiros.
O trâmite do projeto: urgência ou não?
Apesar do pedido de urgência feito pelo Executivo para acelerar a análise do projeto, a decisão final sobre o ritmo da tramitação cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta. Em declarações anteriores, Motta tem manifestado sua intenção de evitar o uso do regime de urgência, que foi amplamente utilizado durante a gestão de Arthur Lira (PP-AL). A ideia é permitir que as comissões da Câmara, como a CCJ e a Comissão de Finanças e Tributação, tenham mais protagonismo no processo de análise e debate das propostas, o que, segundo o presidente da Casa, pode garantir uma discussão mais aprofundada e detalhada das matérias.
Nesse cenário, a tramitação sem o regime de urgência pode resultar em mais tempo para análise do projeto, o que, por um lado, possibilita uma discussão mais ampla, mas, por outro, pode atrasar a implementação de medidas que o governo considera urgentes.
O papel das comissões da Câmara
A proposta do Imposto de Renda, além de passar pela CCJ, deverá ser analisada também pela Comissão de Finanças e Tributação, atualmente presidida pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). A comissão, que tem como função principal discutir matérias relacionadas a finanças públicas e tributação, será essencial para o andamento da proposta.
Correia já anunciou que pretende convidar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para detalhar os principais pontos da reforma do Imposto de Renda durante um encontro previsto para a próxima semana. Segundo o deputado, o ministro será chamado para explicar a isenção do IR e outros aspectos importantes da reforma fiscal, colocando o tema em pauta na comissão.
O que está em jogo para os brasileiros?
A isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais é uma das promessas mais esperadas pelo governo atual, visando aliviar a carga tributária dos trabalhadores. Para muitos, a medida representa uma grande oportunidade de melhorar a renda disponível e ajudar a combater o impacto da inflação sobre o orçamento familiar. Além disso, a proposta pode contribuir para uma maior justiça tributária, ao aliviar a tributação sobre os brasileiros de menor renda, que historicamente têm sido os mais impactados pela alta de impostos e custos de vida.
A medida, no entanto, não é unânime. Críticos apontam que, se não acompanhada de uma ampla reforma tributária, pode gerar distorções no sistema fiscal e comprometer a arrecadação necessária para o financiamento de políticas públicas essenciais. Por outro lado, apoiadores veem a isenção como um passo fundamental para o fortalecimento da economia interna e para a melhoria da qualidade de vida das famílias brasileiras.