O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% em setembro, após registrar deflação de 0,11% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9). No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 5,17%, ligeiramente abaixo da projeção de analistas, que esperavam 5,22%.

O principal fator de pressão veio da energia elétrica residencial, que disparou 10,31% no mês e respondeu sozinha por 0,41 ponto percentual do índice geral. A alta reflete o fim do Bônus de Itaipu, que havia reduzido as contas de luz em agosto, e a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Com isso, o grupo Habitação teve alta de 2,97%, maior variação entre os nove grupos analisados e a mais intensa para meses de setembro desde 1995. No acumulado do ano, a energia elétrica já subiu 16,42%, enquanto em 12 meses a alta chega a 10,64%.

Entre os demais grupos, Despesas pessoais aumentou 0,51%, impulsionado por pacotes turísticos (2,87%) e lazer (cinema e teatro, 2,75%). O setor de Transportes variou apenas 0,01%, com leve recuperação dos combustíveis — gasolina (0,75%) e etanol (2,25%).

Em contrapartida, Alimentação e bebidas recuou 0,26%, quarta queda consecutiva, com destaque para as reduções nos preços do tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%) e arroz (-2,14%). A alimentação fora de casa também desacelerou, passando de 0,50% para 0,11%.

Outros grupos em queda foram Comunicação (-0,17%) e Artigos de residência (-0,40%). Vestuário (0,63%) e Saúde e cuidados pessoais (0,17%) subiram de forma moderada. Segundo o IBGE, sem o impacto da energia elétrica, a inflação de setembro teria ficado em 0,08%.

Nos serviços, a alta caiu de 0,39% em agosto para 0,13% em setembro, enquanto os preços monitorados (como energia e combustíveis) subiram 1,87%.

No recorte regional, São Luís liderou a alta (1,02%) devido ao forte aumento da energia elétrica (27,30%), enquanto Salvador registrou o menor índice (0,17%), beneficiada pela queda no tomate e no seguro de veículos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de menor renda, subiu 0,52% em setembro e acumula 5,10% em 12 meses, pressionado principalmente por produtos não alimentícios (0,80%).

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.