Inflação nos EUA registra pequeno avanço em janeiro, indicando desaceleração
O índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal medidor de inflação nos Estados Unidos, permaneceu estável em janeiro, registrando um aumento anual de 2,4%, conforme anunciado pelo Escritório Federal de Análise Econômica dos EUA (BEA) nesta quinta-feira (29). Este é o menor avanço do PCE desde março de 2021, embora continue acima da […]

O índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal medidor de inflação nos Estados Unidos, permaneceu estável em janeiro, registrando um aumento anual de 2,4%, conforme anunciado pelo Escritório Federal de Análise Econômica dos EUA (BEA) nesta quinta-feira (29). Este é o menor avanço do PCE desde março de 2021, embora continue acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central dos EUA, o Fed, como destacado pela Forbes.
Enquanto isso, o núcleo do PCE, que exclui os preços de alimentos, energia e outros produtos voláteis, também ficou em 2,8% na base anual, em linha com as projeções dos especialistas.
Esses números indicam uma desaceleração na inflação em comparação com o aumento dos preços registrado em dezembro. Ao longo de 2023, a inflação acumulada foi de 2,6%, enquanto o núcleo avançou 2,9%.
Os gastos com consumo em janeiro aumentaram 0,2% em relação a dezembro, alinhados com as expectativas dos analistas, embora tenham sido revisados agora para 0,1%. Enquanto isso, o núcleo do PCE subiu 0,4% no mês, mantendo-se em linha com as previsões. No entanto, em comparação com novembro, o aumento foi de 0,2%, indicando uma aceleração no período entre dezembro e janeiro.
O PCE é um indicador chave para o Banco Central dos EUA, cuja evolução pode influenciar as futuras decisões de política monetária em relação aos cortes de juros. No entanto, como os números se alinharam amplamente com as expectativas do mercado, e até mesmo ficaram ligeiramente abaixo, espera-se que não alterem significativamente as projeções sobre o início desses cortes. Uma área de atenção é o núcleo do PCE, que demonstrou uma aceleração em relação ao mês anterior, embora isso estivesse dentro das previsões.
Uma surpresa positiva veio com o aumento da renda pessoal dos americanos no início de 2024: o BEA relatou um aumento de 1%, superando significativamente a previsão de 0,3%. Enquanto isso, a renda pessoal disponível subiu 0,3% em relação a dezembro. Esse aumento na renda pessoal foi impulsionado por aumentos nos benefícios sociais do governo, receitas de renda pessoal de ativos e remuneração, conforme observado pelo BEA. No entanto, esse aumento não se traduziu em um consumo mais robusto do que o previsto pelo mercado.