Ibovespa sobe, impulsionado por VALE3 e PETR4; Dólar ultrapassa novamente os R$ 6
Nesta sexta-feira (29), o Ibovespa registrou alta de 0,84%, fechando aos 125.452,63 pontos, com destaque para as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
Nesta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, o Ibovespa fechou em alta de 0,84%, atingindo 125.452,63 pontos, impulsionado principalmente pelas ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Enquanto o índice brasileiro avançava, o dólar teve uma jornada volátil, inicialmente recuando para abaixo dos R$ 6, mas acabou ultrapassando novamente a marca dos R$ 6. No cenário macroeconômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou que o Brasil enfrentará “semanas difíceis”, mas se mostrou confiante na recuperação fiscal após a alta da moeda americana.
Ibovespa avança com foco em VALE3 e PETR4
O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, demonstrou resiliência e fechou o dia com 125.452,63 pontos, avançando 0,84% no dia. O volume financeiro registrado foi de R$ 21,66 bilhões, refletindo um mercado ativo, com a variação do índice oscilando entre os 123.946,16 pontos (mínimo) e os 125.544,01 pontos (máximo). O crescimento do índice foi impulsionado principalmente pelas ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que apresentaram avanços consideráveis, acompanhados de uma recuperação no setor de commodities.
Esse desempenho positivo das ações de VALE3 e PETR4 está diretamente ligado à recente recuperação dos preços do minério de ferro e do petróleo, fatores que impactam diretamente as empresas do setor. Vale e Petrobras têm se destacado no cenário brasileiro, não apenas pelos seus bons resultados financeiros, mas também pela sua importância estratégica na economia nacional, o que explica a reação positiva do mercado.
Dólar volátil e expectativa de política econômica
Por outro lado, o dólar enfrentou uma jornada volátil. A moeda norte-americana chegou a registrar uma queda para R$ 5,98, após atingir a máxima histórica de R$ 6,11, mas voltou a ultrapassar a marca de R$ 6 ao longo do dia. Essa volatilidade no câmbio reflete as expectativas do mercado em relação à política fiscal do governo brasileiro e às incertezas sobre a evolução das finanças públicas.
Em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a alta do dólar e afirmou que o Brasil está passando por “semanas difíceis”. No entanto, o ministro ressaltou sua confiança em uma “reancoragem” fiscal, acreditando que o país conseguirá estabilizar a economia nos próximos meses. A fala de Haddad foi aguardada com atenção pelos investidores, que têm acompanhado de perto as discussões sobre o pacote fiscal e as medidas que o governo brasileiro pretende adotar para mitigar os efeitos da alta do dólar e da inflação.
Reações ao pacote fiscal e expectativas do mercado
O pacote fiscal do governo, que inclui propostas de reforma tributária e a isenção de Imposto de Renda (IR) para algumas faixas de rendimento, continua a ser um dos principais pontos de discussão no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, garantiu que o Legislativo terá “boa vontade” para analisar o pacote, mas Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, destacou que a isenção do Imposto de Renda só será possível se houver “condições fiscais” favoráveis. Essa declaração de Pacheco acendeu um sinal de alerta no mercado, que observa com cautela a possibilidade de o governo não conseguir implementar as medidas conforme o planejado.
Além disso, a credibilidade fiscal tem sido uma questão central nos últimos dias, especialmente após o rebaixamento das perspectivas econômicas para o Brasil por parte de analistas e instituições internacionais, como o Julius Baer, que rebaixou as ações brasileiras. O JPMorgan também ajustou suas projeções, prevendo uma Selic terminal a 14,25%, o que indica que o mercado antecipa uma alta persistente nas taxas de juros no Brasil para controlar a inflação e garantir a estabilidade da moeda.
Setores do mercado: destaques e desempenho das ações
Enquanto as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) mostraram crescimento, o desempenho de outras empresas foi menos favorável. As varejistas registraram queda, com destaques negativos para Americanas (AMER3) (-4,52%), Arezzo (AZZA3) (-1,04%), Magazine Luiza (MGLU3) (-0,56%) e C&A (CEAB3) (-4,65%). O setor varejista tem enfrentado dificuldades devido à pressão da inflação e à desaceleração no consumo, impactando diretamente os resultados dessas empresas.
Além disso, o mercado de small caps também teve algumas movimentações negativas. MOVI3, uma das ações que mais perdeu valor no dia, caiu 6,06%, fechando a R$ 5,45, enquanto CASH3 recuou 4,51%, fechando a R$ 3,32. Esses movimentos indicam que os investidores estão cada vez mais cautelosos em relação ao risco do mercado, especialmente em um cenário econômico volátil e de incertezas fiscais.
Maiores altas do Ibovespa hoje (29)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
BEEF3 | +6.62% | R$ 5,80 |
CSAN3 | +5.38% | R$ 10,19 |
UGPA3 | +4.97% | R$ 17,94 |
BRKM5 | +4.46% | R$ 15,00 |
BRAV3 | +4.38% | R$ 20,03 |
Maiores quedas do Ibovespa hoje (29)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
CRFB3 | -4.90% | R$ 6,40 |
RENT3 | -3.64% | R$ 37,58 |
LWSA3 | -3.36% | R$ 3,74 |
ASAI3 | -2.51% | R$ 6,60 |
CPFE3 | -1.95% | R$ 32,62 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 125.668 | +1.057 | +0,85% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,9730 | -0,0408 | -0,68% |
🇺🇸 S&P 500 | 6.032,38 | +33,64 | +0,56% |