Após o Carnaval, o Ibovespa abriu a primeira semana completa de março com ganhos, registrando alta de 0,22%, aos 123.063,77 pontos. O movimento positivo no mercado brasileiro foi impulsionado por um cenário externo mais favorável e pela expressiva desvalorização do dólar, que caiu 2,72%, cotado a R$ 5,75. Os juros futuros também acompanharam o clima mais otimista e fecharam em baixa ao longo de toda a curva.

Mercado externo e guerra comercial

A sessão foi marcada por novos desdobramentos na guerra comercial entre os Estados Unidos, Canadá e China. O governo norte-americano anunciou a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de um acréscimo de 10% sobre mercadorias chinesas. Em resposta, o Canadá impôs tarifas equivalentes sobre produtos americanos, enquanto a China elevou tributações de até 15% sobre produtos agropecuários dos EUA, escalando a tensão entre as potências.

Apesar do cenário conturbado no comércio internacional, Wall Street reagiu com altas superiores a 1% nos principais índices, diante da possibilidade de alívio fiscal para montadoras nos EUA. Na Europa, o sentimento positivo também dominou os mercados, refletindo em ganhos expressivos nas bolsas da região.

Desempenho das ações

No pregão doméstico, as ações da Vale (VALE3) avançaram 0,80%, mesmo em meio à volatilidade do minério de ferro. Embraer (EMBR3) teve um dos maiores ganhos do dia, subindo 8,79% após receber recomendação de compra de um grande banco. O setor bancário também se destacou, com Banco do Brasil (BBAS3) subindo 1,68%, Bradesco (BBDC4) avançando 2,05%, Itaú Unibanco (ITUB4) ganhando 1,49% e Santander (SANB11) fechando com alta de 1,43%.

Por outro lado, Petrobras (PETR4) sofreu forte queda de 3,65%, acompanhando o recuo do petróleo no mercado internacional. Outras empresas do setor também tiveram perdas acentuadas, como Brava (BRAV3), que caiu 8,27%. Já Hidrovias do Brasil (HBSA3) figurou entre as maiores altas do dia, subindo 8,08% após um anúncio de aumento de capital.

Enfraquecimento do dólar e impactos no Brasil

A moeda norte-americana seguiu em trajetória de queda, acumulando uma desvalorização de aproximadamente 3% nos primeiros dias de março. Esse movimento beneficiou moedas de países emergentes, com destaque para o real, que avançou 1,6%, e o peso chileno, que subiu 1,4%.

Além do cenário externo mais positivo, a Bolsa brasileira foi favorecida pelo fechamento nos dias 3 e 4 de março, período em que Wall Street enfrentou forte instabilidade. Com a reabertura, o mercado local conseguiu absorver os impactos de maneira mais diluída, refletindo apenas o otimismo global registrado nesta quarta-feira (5).

Maiores altas do Ibovespa hoje (05)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
EMBR3+8.79%R$ 75,85
MRFG3+7.04%R$ 14,59
ABEV3+4.58%R$ 12,78
BEEF3+4.52%R$ 4,62
CXSE3+4.14%R$ 15,83

Maiores quedas do Ibovespa hoje (05)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
BRAV3-8.27%R$ 16,52
PETR3-4.61%R$ 37,25
AMOB3-4.00%R$ 0,24
UGPA3-3.79%R$ 16,00
LWSA3-3.65%R$ 2,64

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamentoVariação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa123.047+248+0,20%
🇧🇷 USD/BRL5,7500-0,1342-2,28%
🇺🇸 S&P 5005.842,50+64,35+1,11%

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Lucas Machado

Redator e psicólogo com mais de 3 anos de experiência na produção de artigos e notícias sobre uma ampla gama de temas. Suas áreas de interesse e expertisse incluem previdência, seguros, direito sucessório e finanças, em geral. Atualmente, faz parte da equipe do Melhor Investimento, abordando uma variedade de tópicos relacionados ao mercado financeiro.