IBC-BR, prévia do PIB, indica crescimento 0,56% na atividade econômica do Brasil em abril
De acordo com o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), que é considerado uma estimativa preliminar do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento de 0,56% em abril, em comparação com março. Essa informação foi divulgada hoje pela instituição.
Para permitir a comparação entre diferentes períodos, o resultado foi ajustado sazonalmente, o que significa que foi feita uma correção para levar em conta variações típicas de cada período do ano. O crescimento do indicador em abril ocorreu após uma queda de 0,14% em março deste ano.
Em relação a abril do ano passado, o Banco Central informou que o nível de atividade registrou um crescimento de 3,31%. Já no acumulado dos primeiros quatro meses deste ano, o IBC-Br teve um avanço de 3,88%, e nos últimos doze meses até abril, apresentou um crescimento de 3,43%. Nesse caso, o índice foi calculado sem o ajuste sazonal.
O PIB é uma medida que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país e serve para acompanhar a evolução da economia. Por sua vez, o IBC-Br do Banco Central é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas nem sempre os resultados se aproximam dos dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
PIB x IBC-Br
O PIB, calculado pelo IBGE, e o IBC-Br têm abordagens um pouco diferentes. O IBC-Br, que é um indicador do Banco Central, incorpora estimativas para os setores agropecuário, industrial e de serviços, além dos impostos, mas não leva em consideração a demanda (que é incluída no cálculo do PIB pelo IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para determinar a taxa básica de juros do país. Teoricamente, um menor crescimento econômico poderia resultar em menor pressão inflacionária. Em maio, a taxa de juros foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio, como medida para conter o aumento dos preços.
Nível de atividade
Em 2022, houve um crescimento econômico de 2,9%, o que representa uma desaceleração em relação à expansão de 5% observada no ano anterior.
Nos primeiros três meses de 2023, em comparação com o trimestre anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um avanço de 1,9%, superando as expectativas do mercado financeiro. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário.
Para este ano, as projeções do mercado financeiro indicam um aumento de 1,84% no PIB. Já para 2024, espera-se um crescimento mais moderado, de 1,27%.
O crescimento do PIB indica um bom desempenho econômico e um aumento na produção. Por outro lado, uma queda no PIB significa que a economia está encolhendo, ou seja, o consumo e os investimentos totais são menores. No entanto, nem sempre um alto crescimento do PIB se traduz em bem-estar social.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado repetidamente o nível atual da taxa básica de juros da economia, que está em 13,75% ao ano (a mais alta em mais de seis anos). Em sua opinião, as taxas de juros elevadas estão limitando a expansão econômica, o que afeta negativamente a geração de empregos.