O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou uma diminuição de 0,06% em setembro, em comparação com o mês anterior, conforme anunciado pela instituição nesta sexta-feira (17). Esse resultado foi obtido após a aplicação de ajuste sazonal, uma metodologia que visa equilibrar a comparação entre períodos distintos.

Segundo informações fornecidas pelo BC, este foi o segundo mês consecutivo de queda no indicador, registrando uma diminuição de 0,77% em agosto. No terceiro trimestre de 2023, a queda acumulada foi de 0,64%.

Ao comparar com setembro do ano anterior, o Banco Central informou que o indicador de atividade econômica apresentou um crescimento de 0,32%. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o IBC-BR teve um avanço de 2,77%, enquanto nos últimos 12 meses até setembro, registrou um crescimento de 2,5%, sem a aplicação de ajuste sazonal.

No que diz respeito ao nível de atividade econômica, em 2022, houve um crescimento de 2,9%, indicando uma desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior. Nos primeiros três meses de 2023, o PIB avançou 1,9% em comparação com o trimestre anterior, superando as expectativas do mercado financeiro, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. No segundo trimestre, o crescimento foi de 0,9%.

As projeções do mercado financeiro para este ano indicam uma alta de 2,89% para o PIB, enquanto para 2024, a expectativa é de um crescimento menor, atingindo 1,50%. Vale destacar que o crescimento do PIB reflete o desempenho da economia, indicando prosperidade quando cresce e contração quando diminui, embora nem sempre essa alta corresponda ao bem-estar social.

PIB X IBC-Br

O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é utilizado para mensurar a evolução da economia. Já o IBC-BR foi desenvolvido para antecipar os resultados do PIB, embora nem sempre tenha mostrado proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.

No que se refere à comparação entre PIB e IBC-Br, é importante observar que o cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, difere um pouco do IBC-Br. Este último incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda, que é incorporado no cálculo do PIB pelo IBGE.

Em resumo, o IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo BC para determinar a taxa básica de juros do país. Um menor crescimento econômico, teoricamente, poderia resultar em menos pressão inflacionária. Em novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic pela terceira vez no ano, fixando-a em 12,25% ao ano.