Os dados mais recentes do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontam um crescimento sólido da economia brasileira em 2023, com um aumento de 2,45%, conforme revelado pelo Banco Central nesta segunda-feira (19).

O índice também mostrou um avanço significativo em dezembro, com uma alta de 0,82% em comparação com o mês anterior. Este foi o quarto resultado mensal positivo consecutivo, superando as expectativas de analistas, que previam um aumento de 0,75% para o mês.

No quarto trimestre de 2023, o IBC-Br registrou uma expansão de 0,22% em relação aos três meses anteriores, de acordo com os dados ajustados sazonalmente.

O Banco Central revisou o resultado de novembro, elevando a expansão anteriormente relatada de 0,01% para 0,1%. Comparado com dezembro do ano anterior, o IBC-Br apresentou um aumento de 1,36%.

Após um primeiro semestre surpreendente e uma resiliência notável no terceiro trimestre, havia expectativas de que a economia brasileira terminasse o ano próximo à estagnação. Fatores como os efeitos defasados dos juros altos e o alto endividamento das famílias foram contrabalanceados pela favorável situação do mercado de trabalho e pela desaceleração da inflação.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá divulgar os números oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 1º de março. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3%, enquanto tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda projetaram uma expansão de 3% para 2023.

Os dados recentes destacam um desempenho melhor do que o esperado na indústria em dezembro, porém, uma queda acentuada nas vendas no varejo e uma decepção com o aumento no volume de serviços.

Para 2024, as atenções se voltam para o afrouxamento monetário iniciado pelo Banco Central em agosto, bem como para medidas destinadas a equilibrar as contas fiscais. Internacionalmente, há um foco na perspectiva de redução das taxas de juros globais.

O Banco Central já reduziu a taxa básica de juros Selic de 13,75% para a marca atual de 11,25%. O IBC-Br é calculado com base em proxies representativas dos índices de volume da produção agropecuária, industrial e de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.