O Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou a ocorrência de um novo caso de “vaca louca” em uma propriedade no município de Marabá, no Pará. Como resultado, as exportações de carne bovina para a China foram temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira, (23). Seguindo o protocolo sanitário oficial, o diálogo com as autoridades chinesas está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) isolou a propriedade com 160 cabeças de gado onde o caso foi constatado e interditou preventivamente a área. Segundo a agência, os sintomas indicam que o caso se trata de uma forma atípica da doença, ou seja, que surge de forma espontânea no animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.

O animal em questão foi criado em pasto, sem ração, e teve de ser abatido por conta do diagnóstico e sua carcaça foi incinerada no local. “O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado”, informou o Mapa.

A “vaca louca” é uma doença infecciosa que afeta o sistema nervoso central dos bovinos e é causada por uma proteína anormal chamada príon. Em humanos, a doença pode ser fatal e é conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob. No entanto, segundo o Mapa, o caso em questão é atípico e não apresenta risco para a saúde humana.

O Brasil é um importante exportador de carne bovina para a China, e essa suspensão pode impactar significativamente o setor agropecuário brasileiro. O diálogo com as autoridades chinesas continua, e o governo brasileiro está trabalhando para demonstrar a qualidade e a segurança da carne brasileira.