Em meio às oscilações econômicas do país, o governo central brasileiro alcançou um superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril deste ano. Esse saldo positivo, que compreende as contas do Tesouro, Banco Central e Previdência Social, representa um ponto de estabilidade em meio a desafios financeiros.

Comparação do supervávit com o mesmo período do ano anterior

É importante ressaltar que, embora o superávit registrado seja significativo, ele está abaixo do saldo positivo de R$ 15,6 bilhões observado no mesmo mês do ano passado. Essa comparação evidencia as variações na performance financeira do governo ao longo do tempo.

Projeções e expectativas

As projeções dos analistas, no entanto, não foram completamente atendidas. O saldo ficou aquém das expectativas, que projetavam um superávit de R$ 13,35 bilhões. Essa discrepância entre as projeções e a realidade destaca a complexidade do cenário econômico atual.

Neste mês, a equipe econômica revisou suas projeções para o ano de 2024. Estima-se que o governo encerre o ano com um déficit primário de R$ 14,5 bilhões. Embora isso represente uma piora em relação à projeção anterior, ainda está dentro da margem de tolerância estabelecida pelas diretrizes fiscais.

Receitas e despesas

O aumento nas receitas, particularmente nos tributos administrados pela Receita Federal, foi um dos destaques do período. A arrecadação de PIS/Cofins impulsionou significativamente o montante total. Além disso, houve um incremento nas receitas previdenciárias.

Por outro lado, as despesas foram impactadas principalmente pelo aumento dos benefícios previdenciários. Esse aumento nos gastos reflete a necessidade de atender às demandas sociais em um contexto econômico desafiador.

Resultado acumulado e em 12 meses

No acumulado do primeiro quadrimestre, o governo central apresentou um saldo positivo de R$ 30,605 bilhões. Embora expressivo, esse valor está abaixo dos R$ 46,849 bilhões observados no mesmo período do ano anterior.

Em um horizonte mais amplo, nos últimos 12 meses, o governo acumula um déficit de R$ 253,4 bilhões, corrigido pela inflação, o que equivale a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número foi influenciado pela quitação extraordinária de precatórios no final de 2023, destacando a importância de considerar eventos extraordinários ao analisar o desempenho fiscal do país.