A Azul Linhas Aéreas Brasileiras anunciou planos de lançar uma proposta de fusão com a Gol Linhas Aéreas nos próximos três meses, com o processo a ser iniciado no tribunal de falências de Nova York. Essa revelação estratégica impactou positivamente o mercado financeiro, resultando em um aumento significativo nas ações de ambas as companhias. As ações da Gol (GOLL4) subiram impressionantes 11,32%, enquanto as da Azul (AZUL4) também registraram um ganho sólido de 5,38% ao fechar do dia.

Atualmente, a Azul está em intensas negociações com o Grupo Abra, acionista controlador tanto da Gol quanto da Avianca Brasil. Essas negociações são vistas como fundamentais não apenas para definir a estrutura de governança da fusão proposta, mas também para acordar os termos da troca de ações entre as partes envolvidas.

Embora a Azul tenha um valor de mercado substancialmente superior ao da Gol, destacando-se como seis vezes maior, ambas as empresas enfrentam desafios financeiros significativos. A situação de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, sob o processo do Chapter 11, tem exercido pressão adicional sobre o preço de suas ações nos mercados financeiros globais.

O Bradesco BBI, renomado banco de investimentos, avaliou que uma eventual fusão entre Azul e Gol poderia gerar sinergias significativas pós-fusão, estimadas em aproximadamente R$ 10 por ação da Azul. Esta análise ressalta o potencial valor estratégico e econômico que a fusão poderia oferecer para ambas as empresas e seus acionistas.

Fontes próximas às negociações indicam um consenso crescente sobre a importância de se avaliar de maneira justa os preços das ações envolvidas na fusão proposta. A equidade no processo de troca de ações entre os acionistas da Azul e da Abra tem sido um ponto crucial de discussão, refletindo o compromisso das partes em alcançar um acordo que seja benéfico para todos os envolvidos.