O Banco do Brasil (BBAS3) registrou um marco importante em sua estratégia de finanças verdes. O patrimônio líquido dos fundos sustentáveis do Banco do Brasil alcançou R$ 9 bilhões em 2024, impulsionado pelo crescimento da LCA Verde e pela expansão do portfólio de produtos com foco ambiental, social e de governança (ESG). A meta da instituição é atingir R$ 22 bilhões aplicados nesse tipo de fundo até o ano de 2030, reforçando o compromisso com a Agenda 30.

Banco do Brasil avança com fundos sustentáveis e amplia portfólio

O volume alcançado reflete a crescente adesão dos investidores brasileiros aos produtos com viés sustentável. Segundo o Banco do Brasil, já são 43 mil cotistas aplicando em seus fundos sustentáveis, o que demonstra um movimento consistente de engajamento com práticas financeiras responsáveis.

Parte desse sucesso é atribuída ao destaque da LCA Verde, que sozinha acumula saldo de R$ 6,7 bilhões. O produto é lastreado em carteiras do agronegócio que seguem critérios de sustentabilidade ambiental, com foco na preservação dos recursos naturais e na produção consciente. Desde sua criação, em 2022, a LCA Verde já contribuiu para evitar a emissão de cerca de 6 milhões de toneladas de CO₂ por ano.

Compromisso com a Agenda 30 e meta ambiciosa para 2030

A performance dos fundos sustentáveis do Banco do Brasil está diretamente relacionada ao compromisso assumido com a chamada Agenda 30, um conjunto de metas sustentáveis voltadas ao futuro da instituição e ao incentivo de práticas responsáveis no mercado financeiro. A meta é ousada: elevar o patrimônio dos fundos com viés ESG para R$ 22 bilhões até 2030.

Para atingir esse objetivo, o Banco do Brasil tem adotado uma estratégia de diversificação. De 2022 até agora, o número de fundos sustentáveis saltou de oito para mais de 20 produtos, com 12 diferentes estratégias IS (Investimento Sustentável) disponíveis aos investidores.

Essa ampliação permite que o investidor escolha entre opções que atendem tanto critérios ambientais quanto sociais e de governança, com risco ajustado conforme o perfil de cada fundo. A abordagem busca democratizar o acesso ao investimento sustentável, um movimento que também pode ser observado em outras grandes instituições financeiras brasileiras.

Por que os fundos sustentáveis ganham força?

O avanço dos fundos sustentáveis do Banco do Brasil reflete uma tendência global e nacional de valorização de ativos que respeitam práticas ESG. O investidor atual está cada vez mais atento aos impactos de suas decisões financeiras e busca oportunidades que, além de retorno econômico, promovam impactos positivos na sociedade e no meio ambiente.

Além disso, políticas públicas e regulatórias estão incentivando esse tipo de produto. A LCA Verde, por exemplo, se beneficia de regras que favorecem o crédito direcionado ao agronegócio sustentável, ao mesmo tempo que oferece isenção de imposto de renda para a pessoa física, o que aumenta sua atratividade.

Outro ponto importante é a pressão dos próprios cotistas institucionais, como fundos de pensão e gestoras independentes, que têm exigido mais transparência e compromisso com práticas sustentáveis nas carteiras que compõem seus portfólios. Essa pressão tem sido um dos motores da transformação da indústria de fundos no Brasil.

O papel do Banco do Brasil no cenário de investimentos sustentáveis

Como uma das maiores instituições financeiras da América Latina, o Banco do Brasil exerce papel estratégico na promoção do investimento sustentável no país. Os fundos sustentáveis do Banco do Brasil não apenas buscam retorno financeiro, mas também fomentam práticas que contribuem para o desenvolvimento social, o uso racional dos recursos e a mitigação das mudanças climáticas.

A LCA Verde é um exemplo claro dessa atuação. Além dos resultados financeiros expressivos, o impacto ambiental é mensurável e significativo. O banco também atua em conjunto com produtores, consultorias ambientais e órgãos reguladores para garantir que os critérios de sustentabilidade sejam cumpridos com rigor.

Além disso, a ampliação das opções de fundos com diferentes estratégias IS permite maior capilaridade do produto, atingindo desde investidores iniciantes até investidores qualificados e institucionais. Esse leque de possibilidades contribui para ampliar a base de cotistas e aproximar o público geral do tema da sustentabilidade financeira.