De acordo com uma pesquisa da

De acordo com uma pesquisa da XP realizada com assessores de investimento associados à instituição, o interesse por fundos imobiliários aumentou em 7 pontos percentuais em abril em comparação com março. Com esse aumento, os FIIs agora lideram com um aumento de 13 p.p na preferência dos investidores em relação a outras classes de ativos. Pelo menos 72% dos assessores indicaram que seus clientes têm interesse em investir em fundos imobiliários.

Em segundo lugar, estão posicionados o Tesouro Direto e a renda fixa, com 59% de interesse em alocação em abril, mantendo a posição observada em março. Por outro lado, as ações caíram 9 pontos percentuais de um mês para o outro, ficando com 50% do interesse e na terceira posição.

Esse movimento está em consonância com a deterioração da percepção positiva em relação à bolsa brasileira. A média das projeções para a pontuação do Ibovespa no final de 2024 caiu para 134 mil pontos, abaixo da estimativa de 138 mil pontos em março e de 136 mil pontos em fevereiro.

O sentimento em relação à Bolsa também declinou: a média de abril ficou em 6,9, em uma escala de 0 a 10, em comparação com 7,3 no mês anterior.

Ainda assim, quase metade dos clientes dos assessores (49%) mantêm uma alocação de 10% a 25% em renda variável. Um terço (27%) prefere uma posição entre 0 e 10% do portfólio, e apenas 7% têm mais de 50% da carteira em ativos de risco.

Os riscos fiscais no Brasil são a maior preocupação dos assessores e seus clientes, representando 39% das respostas, embora tenha havido uma queda de 8 pontos percentuais em relação aos 47% de março. Parte dessa redução foi redirecionada para temores em relação à política monetária de mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos, que aumentou de 7% para 13% das respostas.

Com isso, setores defensivos e commodities estão entre as principais escolhas para alocação em ações. Metade das escolhas se concentrou em empresas financeiras (56%), petróleo e gás (55%), elétricas e saneamento (55%) e mineração e siderurgia (50%).

Um aumento no apetite por risco está condicionado a cortes de juros nos EUA (46%), cortes mais agressivos na Selic (44%) e uma diminuição do risco político e fiscal no Brasil (43%).