A Engie (EGIE3) anunciou que realizará uma emissão de debêntures no valor total de até R$ 2 bilhões, conforme comunicado divulgado na última quinta-feira (6).

De acordo com a empresa, há a possibilidade de distribuição parcial, mas o valor mínimo da emissão será de R$ 1,5 bilhão.

As debêntures das três primeiras séries terão incentivo fiscal. Os recursos obtidos com essas séries serão destinados ao pagamento de futuros gastos ou ao reembolso de despesas e dívidas relacionadas aos projetos da companhia.

Já o capital levantado na emissão da quarta série será utilizado exclusivamente para a formação de capital de giro, a fim de financiar a implementação do plano de negócios da empresa.

Segundo a Engie, “será adotado no âmbito da oferta o procedimento de coleta de intenções de investimento, organizado pelos coordenadores, nos termos do artigo 64, parágrafo 2º, da Resolução CVM 160, com recebimento de reservas”,afirmou a companhia.

Os objetivos da elétrica com tais medidas são:

  • Definir a taxa final da Remuneração das Debêntures. Incentivadas;
  • Definir o número de séries de emissão das Debêntures;
  • Definir a quantidade e o volume final da emissão das Debêntures em cada série, conforme a demanda apurada, sendo certo que (a) as Debêntures Incentivadas observarão o sistema de vasos comunicantes.

Resultados da Engie (EGIE3) no 1T24

A Engie Brasil divulgou um lucro líquido de R$ 1,68 bilhão no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 90,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme anunciado pela companhia no mês de maio.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 3,17 bilhões, registrando um crescimento de 53,3% em comparação aos três primeiros meses de 2023.

Já a margem Ebitda ajustada foi de 69,6% entre janeiro e março de 2024, apresentando uma redução de 1,3 pontos percentuais em termos anuais.

A receita operacional líquida da Engie totalizou R$ 2,609 bilhões no 1T24, uma queda de 10,4% em comparação ao 1T23.

Por fim, retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROAE) foi de 28,3% no 1T24, uma diminuição anual de 4,3 pontos percentuais.

Em 31 de março de 2024, a dívida líquida da empresa era de R$ 16,357 bilhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.