Eneva se fortalece para leilão de capacidade com compra de termelétricas do BTG
A Eneva (ENEV3) se posiciona de maneira estratégica para o próximo leilão de reserva de capacidade, impulsionada pela recente aquisição de termelétricas do BTG Pactual. Essa movimentação não apenas fortalece sua competitividade, mas também gera recursos imediatos que permitirão à companhia reduzir sua alavancagem. A expectativa é que esse leilão aconteça ainda em 2024, refletindo […]

A Eneva (ENEV3) se posiciona de maneira estratégica para o próximo leilão de reserva de capacidade, impulsionada pela recente aquisição de termelétricas do BTG Pactual. Essa movimentação não apenas fortalece sua competitividade, mas também gera recursos imediatos que permitirão à companhia reduzir sua alavancagem. A expectativa é que esse leilão aconteça ainda em 2024, refletindo a crescente necessidade de confiabilidade no sistema elétrico brasileiro.
Executivos da Eneva expressaram otimismo sobre a realização de um leilão de capacidade ainda neste ano. A expectativa é que o governo brasileiro avance nesse sentido, especialmente em função da crescente demanda por energia e da necessidade de garantir a confiabilidade do sistema elétrico. Marcelo Lopes, diretor de marketing e novos negócios da Eneva, enfatizou que a contratação de nova capacidade é crucial para atender às demandas futuras.
A análise da demanda energética para os próximos anos é uma preocupação central para a Eneva. Lopes destacou que as estimativas para 2027 e 2028 indicam um aumento significativo na demanda por capacidade, superando as previsões anteriores. Esse cenário evidencia a importância de garantir que o sistema esteja preparado para enfrentar os desafios que virão, tornando o leilão ainda mais relevante.
O valor da aquisição do portfólio de geração do BTG foi estimado em R$ 2,9 bilhões, uma cifra significativa que reflete a importância estratégica dessa operação. Deste total, R$ 1,76 bilhão será pago em ações da Eneva, enquanto R$ 1,14 bilhão será financiado por meio de um follow-on, que poderá chegar a R$ 4,2 bilhões. Essa estrutura financeira foi projetada para garantir que a Eneva mantenha sua posição de destaque no mercado.
Com a conclusão da transação, a capacidade instalada da Eneva será ampliada para 7,2 GW. Além disso, a empresa criará um novo cluster de negócios no Espírito Santo, onde três das novas termelétricas estão localizadas. Essa localização estratégica permite à Eneva aproveitar a interligação com a malha de gás da TAG, abrindo novas oportunidades de crescimento e eficiência operacional.
As projeções financeiras da Eneva são bastante promissoras. Com a aquisição dos novos ativos, a empresa estima um aumento significativo em sua receita líquida, projetando alcançar R$ 12,6 bilhões. Além disso, o Ebitda deve crescer para R$ 6,1 bilhões. Essas estimativas refletem um ambiente favorável e uma estratégia bem delineada para o crescimento da companhia. A expectativa é que, após a operação, a alavancagem da Eneva se situe em 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda, posicionando a empresa em um patamar mais confortável.