Eneva se fortalece para leilão de capacidade com compra de termelétricas do BTG

A Eneva (ENEV3) se posiciona de maneira estratégica para o próximo leilão de reserva de capacidade, impulsionada pela recente aquisição de termelétricas do BTG Pactual. Essa movimentação não apenas fortalece sua competitividade, mas também gera recursos imediatos que permitirão à companhia reduzir sua alavancagem. A expectativa é que esse leilão aconteça ainda em 2024, refletindo […]

imagem do autor
Última atualização:  16 de jul, 2024 às 15:05
Eneva (ENEV3) inicia operação comercial do 1º trem da planta de liquefação de gás natural no Maranhão Eneva (ENEV3) inicia operação comercial do 1º trem da planta de liquefação de gás natural no Maranhão

A Eneva (ENEV3) se posiciona de maneira estratégica para o próximo leilão de reserva de capacidade, impulsionada pela recente aquisição de termelétricas do BTG Pactual. Essa movimentação não apenas fortalece sua competitividade, mas também gera recursos imediatos que permitirão à companhia reduzir sua alavancagem. A expectativa é que esse leilão aconteça ainda em 2024, refletindo a crescente necessidade de confiabilidade no sistema elétrico brasileiro.

Executivos da Eneva expressaram otimismo sobre a realização de um leilão de capacidade ainda neste ano. A expectativa é que o governo brasileiro avance nesse sentido, especialmente em função da crescente demanda por energia e da necessidade de garantir a confiabilidade do sistema elétrico. Marcelo Lopes, diretor de marketing e novos negócios da Eneva, enfatizou que a contratação de nova capacidade é crucial para atender às demandas futuras.

A análise da demanda energética para os próximos anos é uma preocupação central para a Eneva. Lopes destacou que as estimativas para 2027 e 2028 indicam um aumento significativo na demanda por capacidade, superando as previsões anteriores. Esse cenário evidencia a importância de garantir que o sistema esteja preparado para enfrentar os desafios que virão, tornando o leilão ainda mais relevante.

O valor da aquisição do portfólio de geração do BTG foi estimado em R$ 2,9 bilhões, uma cifra significativa que reflete a importância estratégica dessa operação. Deste total, R$ 1,76 bilhão será pago em ações da Eneva, enquanto R$ 1,14 bilhão será financiado por meio de um follow-on, que poderá chegar a R$ 4,2 bilhões. Essa estrutura financeira foi projetada para garantir que a Eneva mantenha sua posição de destaque no mercado.

Com a conclusão da transação, a capacidade instalada da Eneva será ampliada para 7,2 GW. Além disso, a empresa criará um novo cluster de negócios no Espírito Santo, onde três das novas termelétricas estão localizadas. Essa localização estratégica permite à Eneva aproveitar a interligação com a malha de gás da TAG, abrindo novas oportunidades de crescimento e eficiência operacional.

As projeções financeiras da Eneva são bastante promissoras. Com a aquisição dos novos ativos, a empresa estima um aumento significativo em sua receita líquida, projetando alcançar R$ 12,6 bilhões. Além disso, o Ebitda deve crescer para R$ 6,1 bilhões. Essas estimativas refletem um ambiente favorável e uma estratégia bem delineada para o crescimento da companhia. A expectativa é que, após a operação, a alavancagem da Eneva se situe em 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda, posicionando a empresa em um patamar mais confortável.