Empresas aceleram adoção de energia solar e impulsionam mercado em 2025
Crescimento recorde da geração fotovoltaica empresarial impulsiona buscas, projetos e aportes bilionários em 2025
Imagem: Envato Elements
O avanço da energia solar no ambiente corporativo brasileiro ganhou força em 2025 e consolidou um movimento que vinha se formando nos últimos anos. O setor não apenas atingiu novos recordes em capacidade instalada, como também registrou uma explosão de interesse por parte de empresas de todos os portes.
Segundo novos levantamentos, a busca por soluções fotovoltaicas cresceu mais de 1.000% no Google, refletindo uma mudança no comportamento de gestores que buscam reduzir custos, ganhar autonomia elétrica e modernizar suas operações.
A expansão acompanha o salto da geração distribuída, que já ultrapassa 60 GW em todo o país. Estados historicamente fora do radar solar passaram a se destacar, incluindo Rondônia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Amapá e Acre, todos registrando altas expressivas em conexões e sistemas instalados. Esse cenário abre caminho para que o Brasil mantenha posição entre os principais mercados solares do mundo.
No ambiente empresarial, os números divulgados pela TTS Energia reforçam a dimensão do avanço: mais de 217 mil empresas adotaram energia solar apenas entre janeiro e outubro de 2025. O período também registrou 2 GW de potência adicional e o aporte de R$ 9 bilhões em projetos corporativos, especialmente telhados solares, usinas próprias e estruturas montadas no solo.
Empresas usam energia solar para reduzir custos e reforçar sustentabilidade
O perfil das empresas que migraram para o modelo solar demonstra grande diversidade regional e setorial. Minas Gerais segue na liderança, com mais de 102 mil unidades corporativas conectadas, enquanto São Paulo contabiliza cerca de 32 mil empresas que adotaram a tecnologia.
Paraná, Mato Grosso e Bahia aparecem entre os estados com maior ritmo de expansão, ampliando a presença da fonte no agronegócio, na indústria, no varejo e nos serviços.
O interesse crescente é explicado por vantagens estratégicas. A energia fotovoltaica permite maior previsibilidade nos gastos, diminui a dependência de oscilações tarifárias e reforça práticas ESG, fatores que ganharam peso diante da busca por eficiência e competitividade em meio ao aumento do custo da eletricidade.
Além disso, tecnologias mais baratas e financiamentos ampliados facilitaram a entrada de negócios de pequeno e médio porte.
Avanço tecnológico impulsiona novos modelos de usinas
A queda nos preços de painéis e inversores, combinada ao aumento da eficiência dos equipamentos, abriu espaço para soluções mais flexíveis. Usinas compactas em solo, estruturas para estacionamentos e telhados de grandes centros de distribuição passaram a dominar o portfólio de projetos instalados em 2025.
A instalação de mais de 56 mil usinas solares empresariais no ano também contribuiu para a descentralização elétrica e ajudou a aliviar a sobrecarga da rede tradicional.
Projetos recentes da Aggreko, Henkel e outras companhias mostram que a tecnologia se adapta a diferentes espaços, desde áreas industriais reduzidas até galpões logísticos de grande porte.
Desafios regulatórios seguem no radar das empresas
Apesar do avanço robusto, o setor ainda enfrenta entraves que podem limitar o ritmo de expansão. A conexão de novas usinas à rede elétrica continua sendo um dos principais gargalos, assim como a necessidade de padronizar processos regulatórios entre concessionárias estaduais.
O acesso a crédito mais competitivo também é apontado como desafio, especialmente para pequenas empresas que buscam migrar para a geração própria de energia.
Ainda assim, especialistas afirmam que o cenário de 2025 é o mais favorável da última década, sustentado por tecnologia mais acessível, maior maturidade do mercado e crescente demanda por autonomia energética.
Com os resultados do ano, a energia solar corporativa se firma como um dos pilares da transição energética brasileira, impulsionando inovação, sustentabilidade e competitividade em todo o país.