Embraer (EMBR3) registra prejuízo de milhões no 1T25
No primeiro trimestre de 2025, a Embraer (EMBR3) registrou um prejuízo de R$ 428,5 milhões, um aumento de 574% em relação ao ano anterior.

A Embraer (EMBR3) teve um início desafiador em 2025, com prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre, marcando um aumento expressivo de 574,6% quando comparado à perda de R$ 63,5 milhões registrada no mesmo período de 2024. Este resultado, embora destaque a melhora operacional da companhia, reflete desafios financeiros e pressões cambiais que impactaram suas finanças durante o período.
Desempenho financeiro
O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por um desempenho misto da Embraer, com um notável crescimento na receita líquida. A empresa registrou um aumento de 44% na comparação anual, alcançando R$ 6,4 bilhões, ante os R$ 4,45 bilhões do 1º TRI24. Esse crescimento é um reflexo da expansão das operações da companhia, que, apesar das dificuldades econômicas, conseguiu aumentar sua base de clientes e suas entregas.
O EBITDA ajustado também apresentou resultados significativos, saltando 165,6%, passando de R$ 233,6 milhões para R$ 620,6 milhões. A margem EBITDA ajustada, por sua vez, subiu de 5,3% para 9,7%, o que mostra uma evolução significativa na gestão operacional da Embraer, indicando que a empresa está conseguindo controlar suas despesas operacionais com maior eficiência, apesar do ambiente adverso.
EBIT ajustado
Em termos de EBIT ajustado, a Embraer também apresentou uma recuperação impressionante. O valor totalizou R$ 359,2 milhões no 1º TRI25, um aumento substancial de 962,4% em relação aos R$ 33,8 milhões registrados no primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento vertiginoso reflete um esforço bem-sucedido da companhia em aumentar suas receitas e melhorar a rentabilidade operacional. A margem EBIT ajustada também subiu consideravelmente, indo de 0,8% para 5,6%, evidenciando que a empresa tem encontrado formas mais eficientes de operar.
A melhora no EBIT ajustado reflete uma gestão mais estratégica e a adaptação da Embraer a um mercado de aviação desafiador. Mesmo com a pressão do câmbio e o aumento nos custos de insumos, a companhia tem conseguido aumentar sua eficiência e reduzir o impacto dessas adversidades.
A geração de caixa e o impacto da dívida
Apesar do avanço no EBITDA e EBIT ajustado, a geração de caixa livre ajustada sem a Eve foi negativa, atingindo R$ 2,28 bilhões no 1º TRI25. Isso representou uma deterioração significativa em relação ao uso de R$ 1,7 bilhão registrado no primeiro trimestre de 2024. Este fator é particularmente relevante, pois reflete a necessidade da Embraer de manter um controle mais rigoroso sobre seus fluxos de caixa para sustentar suas operações e continuar com os investimentos planejados.
Outro ponto importante foi o aumento da dívida líquida ajustada, que fechou o trimestre em R$ 2,69 bilhões, revertendo a posição de caixa líquida de R$ 5,24 bilhões registrada no mesmo período de 2024. Esse movimento reflete uma maior necessidade de financiamento, principalmente para manter os investimentos no desenvolvimento de novos produtos e nas operações de aviação comercial.
Resultados por ação
Em um aspecto mais positivo, o resultado por ação da Embraer apresentou um aumento considerável. O valor passou de R$ 0,1943 no 1º TRI24 para R$ 0,5909 no 1º TRI25, uma elevação de 203,9%. Esse aumento nas perdas por ação reflete, em parte, a performance das ações da companhia no mercado, que podem ser vistas de forma mais otimista devido à recuperação dos resultados operacionais, apesar do prejuízo líquido.