A Eletrobras (ELET3) está avaliando sua participação no leilão de privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) em São Paulo. Em declarações durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, o vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Eletrobras, Élio Wolff. Expressou que a empresa não vê a Emae como parte de seu portfólio de longo prazo.

A decisão da Eletrobras ocorre em meio aos preparativos para o leilão marcado pelo governo paulista para 19 de abril. Com uma participação significativa na Emae, detendo 64,8% das ações preferenciais e 39% do capital total. A Eletrobras destaca os desafios de adquirir o controle total da empresa e a necessidade de focar em seus objetivos estratégicos.

Embora reconheça o potencial de valor da Emae, a Eletrobras enfatiza que a empresa demandaria muitos recursos e poderia desviar o foco da companhia. Além disso, Élio Wolff ressalta que a diversidade de ativos da Emae requer um futuro controlador com profundo conhecimento do setor de energia para transformar a empresa.

Conheça a Emae, empresa desconsiderada pela Eletrobras

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) é uma sociedade anônima de capital aberto. Registrada na CVM desde 1998, com ações negociadas na B3 – Brasil, Bolsa Balcão. Seu controle acionário é exercido pelo Governo do Estado de São Paulo. 

A EMAE opera um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo, Médio Tietê e Vale do Rio Paraíba do Sul. Sendo composto por reservatórios, canais, usinas e estruturas associadas. Seus serviços incluem geração de energia, controle de cheias, fornecimento de água bruta para saneamento básico, lazer e pesca. Com quatro aproveitamentos hidroelétricos sob sua gestão, a EMAE atua em uma extensa área que vai desde o município de Salto até a Baixada Santista, em São Paulo.