Dólar hoje opera a R$ 5,78 com mercado atento às tarifas dos EUA
O dólar iniciou a semana operando a R$ 5,78, refletindo a expectativa do mercado em relação às tarifas comerciais dos Estados Unidos e à divulgação de dados de inflação ao longo da semana.

O dólar iniciou a semana oscilando perto da estabilidade, refletindo o cenário externo e a expectativa do mercado em relação às tarifas comerciais dos Estados Unidos. Às 9h14 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,786 na compra e R$ 5,787 na venda, enquanto o contrato futuro de dólar para abril, negociado na B3, registrava leve alta de 0,03%, atingindo 5.815 pontos.
O que impulsiona o avanço do dólar?
A variação da moeda norte-americana nesta segunda-feira está atrelada a dois fatores principais: as tarifas comerciais dos EUA e a divulgação de indicadores de inflação ao longo da semana. O mercado monitora com atenção as ações do governo norte-americano, que têm gerado incertezas sobre a economia global.
As novas diretrizes tarifárias impactam diretamente o comércio internacional, podendo influenciar fluxos de capital para mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, a expectativa por dados inflacionários pode alterar a percepção dos investidores sobre os rumos da política monetária global.
Impacto das tarifas comerciais dos EUA
No final de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou comentar sobre uma possível recessão econômica, apesar das crescentes preocupações em torno das medidas tarifárias aplicadas a México, Canadá e China. As restrições foram justificadas pelo governo norte-americano como uma resposta à crise do fentanil, um opioide sintético associado ao aumento de mortes por overdose nos EUA.
A tensão comercial entre os países eleva a incerteza no mercado e pode influenciar a valorização do dólar frente a moedas emergentes. Investidores aguardam pronunciamentos oficiais para entender os desdobramentos dessas políticas e seus efeitos sobre a economia global.
Expectativas do mercado para os próximos dias
Além das tarifas comerciais, os investidores acompanharão a divulgação de uma série de indicadores de inflação nos Estados Unidos e na Europa ao longo da semana. Esses dados serão fundamentais para determinar o futuro da política monetária norte-americana, podendo influenciar a trajetória do dólar e das taxas de juros internacionais.
Com a aproximação da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), qualquer sinalização sobre os rumos da taxa de juros pode impactar diretamente o câmbio. Caso os dados indiquem uma inflação acima do esperado, o Fed pode adotar uma postura mais rígida, reduzindo o apetite por risco nos mercados emergentes, como o Brasil.
Cotação do Dólar Comercial e Turismo
- Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,786
- Venda: R$ 5,787
- Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,946
- Venda: R$ 6,126
Qual é a diferença entre dólar comercial e dólar turismo?
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transações no mercado de câmbio. Isso envolve exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
Por que o dólar turismo é mais caro?
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Panorama histórico do Dólar
O real segue valorizado em relação a moeda americana, que permanece quase cinco vezes mais valioso. Entretanto, houve um período na história em que o dólar era menos valioso que o real, entre 1994 e 1999. Durante esse tempo, o governo brasileiro controlou a cotação da moeda para estabilizar a economia após a hiperinflação.
Com o lançamento do Plano Real em 1º de julho de 1994, a paridade entre o real e o dólar era de 1 para 1, o que ajudou a conter a hiperinflação, mas prejudicou as contas externas, levando o governo a buscar empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A partir de 1999, o governo abandonou o controle cambial, resultando na desvalorização do real em relação ao dólar.
Essa desvalorização impactou negativamente o poder de compra dos brasileiros, com aumento dos preços dos produtos importados e inflação. A moeda atingiu sua menor cotação histórica em 14 de outubro de 1994, sendo negociado a R$ 0,82, incentivando viagens internacionais.
O recorde histórico do dólar ocorreu em 2002, atingindo R$ 3,95 entre o primeiro e o segundo turno das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Desde então, o dólar ultrapassou os R$ 5 em várias ocasiões, mas muitos especialistas acreditam que o pico de 2002 dificilmente será superado.
No cenário atual, o real se valorizou em relação ao dólar em 2022, com perdas acumuladas de 6,63% para o dólar desde o início do ano. Especialistas atribuem essa valorização ao mercado de ações e de juros, com investidores estrangeiros direcionando recursos para commodities e aproveitando os altos juros reais do Brasil.
Como o câmbio influencia a cotação e os investimentos
O mercado cambial influencia não apenas a cotação das moedas, mas também os investimentos em diversas áreas. A relação entre câmbio e investimentos é complexa, com várias dinâmicas interconectadas que juntas moldam as decisões dos investidores e as tendências econômicas.
Uma das formas mais evidentes pelas quais o câmbio afeta os investimentos é através do comércio internacional. As taxas de câmbio determinam o custo relativo dos bens e serviços entre países, afetando diretamente as exportações e importações. Uma moeda forte pode tornar os produtos domésticos mais caros para os compradores estrangeiros, reduzindo a competitividade das exportações. Por outro lado, uma moeda fraca pode aumentar a demanda por produtos domésticos no mercado global, impulsionando as exportações e, consequentemente, estimulando a economia.
Além do comércio internacional, o câmbio também influencia os investimentos estrangeiros. Investidores buscam oportunidades em países com economias sólidas e promissoras, geralmente refletidas em moedas fortes e estáveis. Alterações nas taxas de juros, inflação e políticas monetárias de um país podem atrair ou afastar investimentos estrangeiros, impactando diretamente a cotação da moeda local.
Os riscos cambiais também são uma consideração importante para os investidores. A posse de ativos em moeda estrangeira expõe os investidores a flutuações nas taxas de câmbio, o que pode afetar significativamente o valor desses ativos quando convertidos de volta para a moeda local. Gerenciar esses riscos é essencial para uma estratégia de investimento sólida, com muitos investidores optando por hedge cambial para proteger suas carteiras contra volatilidades indesejadas.
Além disso, o turismo e os fluxos de capitais também exercem pressão sobre as taxas de câmbio. Um aumento no turismo pode levar a uma maior demanda por moeda estrangeira em um país, influenciando sua cotação. Da mesma forma, fluxos de capitais de investidores estrangeiros podem impactar significativamente as taxas de câmbio, refletindo as percepções sobre a economia e o ambiente de investimento de um país.
Como converter Dólar em real
Você pode utilizar simuladores online que fazem a conversão da moeda de acordo com o câmbio do dia. Basta digitar o valor em dólares para descobrir quanto vale em real. Um exemplo é o simulador do Bacen (Banco Central)
Faça a conversão manualmente
Para converter dólar para real manualmente, você precisa saber a cotação do dólar em relação ao real. Em seguida, decida um valor em dólares que deseja converter para a moeda brasileira e faça a multiplicação de acordo com a cotação.
Por exemplo, se você quiser converter 50 dólares para reais, considerando que 1 dólar equivale a 5,75, a conta seria:
50 x 5,78 = R$ 289 reais.
- Para mais detalhes, leia também: Como converter dólar para real? Veja passo a passo
Como comprar Dólar no Brasil?
Comprar dólar no Brasil é um processo relativamente simples, e você pode fazê-lo de várias maneiras:
Bancos: Muitos bancos brasileiros oferecem o serviço de venda de dólar. Você pode entrar em contato com o seu banco para verificar as taxas de câmbio e os procedimentos para comprar dólares.
Corretoras de câmbio: Existem corretoras de câmbio especializadas que lidam especificamente com a compra e venda de moeda estrangeira. Essas corretoras podem oferecer taxas competitivas e uma variedade de serviços relacionados ao câmbio de moeda.
Casas de câmbio: Assim como para a conversão de dólar em real, as casas de câmbio também oferecem o serviço de venda de dólar. Elas estão presentes em áreas turísticas e em alguns centros comerciais.
Plataformas online: Algumas plataformas online também permitem a compra de dólar no Brasil. Essas plataformas geralmente oferecem conveniência e facilidade de acesso, mas é importante verificar a confiabilidade e segurança antes de realizar qualquer transação.
Em resumo, independentemente do método escolhido, é importantíssimo realizar uma verificação das taxas de câmbio oferecidas e eventuais taxas adicionais, para garantir que você está obtendo a melhor oferta possível.