Os analistas do Banco Central revisaram para baixo, pela terceira semana consecutiva, a projeção para o dólar em 2025. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Bacen nesta segunda-feira (31), a expectativa para a moeda norte-americana caiu de R$ 5,95 para R$ 5,92.

A revisão reflete uma leve valorização do real, impulsionada por fatores como a entrada de capital estrangeiro e um menor pessimismo em relação à economia brasileira.

Apesar da queda, o cenário ainda indica um câmbio pressionado por incertezas globais e políticas monetárias de países desenvolvidos.

Confira, a seguir, as projeções para outros indicadores da economia:

Projeção do dólar cai, enquanto inflação e PIB seguem estáveis.

A projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou estável em 5,65% para este ano. Para 2026, a expectativa se manteve em 4,50%, enquanto para 2027 e 2028, as projeções ficaram em 4,00% e 3,78%, respectivamente.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), houve um leve ajuste para baixo. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2025 passou de 1,98% para 1,97%. Para os próximos anos, as projeções são de 1,60% em 2026, 2,00% em 2027 e 2,00% em 2028.

Selic segue com estimativa de atingir 15 p.p em 2025

A taxa básica de juros, a Selic, manteve-se estável em 15% para 2025, marcando a 12ª semana consecutiva sem mudanças na projeção. Para 2026, a expectativa é de 12,50%, enquanto para 2027 e 2028 as taxas estimadas ficaram em 10,50% e 10%, respectivamente.

Impactos e expectativas

A revisão na projeção do dólar sinaliza uma tendência de maior confiança na estabilidade cambial, mas analistas alertam para possíveis oscilações devido a fatores externos, como as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre juros nos EUA e o comportamento das commodities.

Enquanto isso, a manutenção da Selic em patamar elevado reforça o compromisso do Banco Central com o controle inflacionário, o que pode impactar investimentos e o crescimento econômico nos próximos anos. O mercado segue atento às próximas decisões da autoridade monetária e seus efeitos sobre a economia brasileira.

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.