Desemprego no Brasil segue em 5,6% e atinge menor nível já registrado, mostra IBGE
O número de desocupados caiu para 6,084 milhões, enquanto o total de ocupados e a renda média real registraram crescimento.

O mercado de trabalho no Brasil continua firme. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre até agosto, repetindo o menor nível da história. Em outras palavras: cada vez menos brasileiros estão sem trabalho, mesmo em um cenário econômico que anda mais lento.
Hoje, o país tem 6,084 milhões de pessoas desocupadas, o menor número desde o início da série histórica. Esse resultado reforça a importância tanto dos empregos formais, com carteira assinada, quanto das ocupações informais, que seguem ajudando a sustentar a renda de milhões de famílias.
O que mudou no mercado de trabalho
Mesmo sem cair em relação ao trimestre anterior, a taxa de 5,6% mostra avanços importantes. Em maio, o desemprego estava em 6,2%. No mesmo período do ano passado, em 6,6%. Ou seja, em um ano, mais de 1 milhão de pessoas conseguiram se recolocar.
Esses números indicam que o mercado segue resiliente, segurando a economia e mantendo o consumo das famílias em alta.
Mais brasileiros com carteira assinada
O número de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões, um crescimento de 0,5% em relação ao trimestre anterior.
O maior destaque está no emprego formal: 39,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, o maior número da história. Para o analista William Kratochwill, esse movimento tem explicação: “com menos mão de obra disponível, as empresas precisam oferecer melhores condições, como contratos formais e benefícios”.
Além disso, os empregos sem carteira também cresceram 0,5%, e no setor público houve alta nas contratações temporárias de professores na educação básica e pré-escolar, com aumento de 5,5% em relação ao trimestre até maio.
Renda maior e consumo fortalecido
A renda média real do trabalhador chegou a R$ 3.488, um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior. Esse avanço pode parecer pequeno, mas faz diferença na vida das famílias, já que mais dinheiro no bolso significa mais consumo — fator essencial para girar a economia.
O desafio: inflação ainda preocupa
Mesmo com o mercado de trabalho aquecido, o Banco Central continua cauteloso. Neste mês, manteve a Selic em 15%, avaliando se os juros altos por mais tempo serão suficientes para segurar a inflação.
Um mercado forte, com mais renda e consumo, ajuda a economia, mas também traz pressão nos preços — especialmente nos serviços, onde a inflação costuma pesar mais.
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