CSN admite desafios para cumprir meta de alavancagem e anuncia ações para reforçar caixa até o fim do ano
A CSN (CSNA3) reconheceu desafios para cumprir sua meta de alavancagem até o final de 2024, mas está adotando medidas estratégicas para reduzir a dívida e fortalecer seu caixa.

A CSN (CSNA3) reconheceu, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que está enfrentando desafios significativos para cumprir a meta de alavancagem até o final deste ano. A companhia, no entanto, tem adotado uma série de iniciativas voltadas para a redução de sua alavancagem e o fortalecimento de seu caixa. Essas medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla da siderúrgica para melhorar sua posição financeira e enfrentar um cenário econômico desafiador.
A meta de alavancagem estabelecida pela CSN visa reduzir a sua dívida em relação ao seu patrimônio, uma meta importante para garantir a estabilidade financeira da companhia. Entretanto, a empresa reconhece que o cumprimento dessa meta até o final de 2024 está se tornando mais difícil. A CSN explicou que, apesar dos esforços em curso, as condições do mercado e a complexidade dos projetos em andamento têm dificultado a previsão de um cumprimento total da meta.
A alavancagem elevada pode ser um ponto sensível para investidores, pois representa um risco maior de endividamento excessivo e diminui a flexibilidade financeira da empresa. Por isso, a CSN está empenhada em adotar medidas estratégicas que possam ajudar a melhorar sua estrutura de capital e garantir a execução de seus planos de crescimento de forma mais sustentável.
Em resposta ao questionamento da CVM, a CSN detalhou algumas das iniciativas adotadas para enfrentar os desafios relacionados à alavancagem. A companhia destacou que essas ações visam, principalmente, melhorar a liquidez e reforçar o caixa. A estratégia inclui, entre outras ações, a análise de alternativas de parcerias estratégicas, como a busca por um sócio para a CEEE-G, e a continuidade de operações financeiras que contribuam para a redução da dívida.
Além disso, a CSN ressaltou que essas medidas fazem parte de um esforço contínuo para equilibrar suas finanças e melhorar sua capacidade de gerar caixa. A siderúrgica tem explorado diversas alternativas para melhorar seu desempenho no mercado, incluindo a venda de ativos não estratégicos e a busca por oportunidades de investimento que tragam retornos mais rápidos e consistentes.
Uma das iniciativas mais comentadas pela CSN envolve a busca por um sócio para a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-G). Esse projeto, que está sendo estudado desde o final de 2023, visa a parceria estratégica como uma forma de reciclar o capital do grupo. A CSN está avaliando a possibilidade de trazer um parceiro estratégico para atuar no setor de energia, um movimento que pode gerar recursos financeiros adicionais e reduzir o impacto da alavancagem.
A empresa deixou claro, no entanto, que, até o momento, não houve nenhum avanço substancial nesse sentido que justifique a divulgação de um comunicado ou fato relevante. A CSN segue avaliando cuidadosamente as condições do mercado e as melhores opções de parceria para garantir que o processo seja bem-sucedido.
Outro aspecto relevante abordado pela CSN foi a prática de contratos de pré-pagamento de minério pela sua controlada CSN Mineração (CMIN3). Esses contratos são uma forma estratégica de fortalecer o caixa da companhia. A CSN explicou que essas operações são uma rotina comercial da empresa, realizadas sempre que há uma demanda no mercado e oportunidades de negociação favoráveis.
Os contratos de pré-pagamento ajudam a garantir uma receita antecipada, proporcionando maior flexibilidade financeira à companhia. A estratégia comercial também está alinhada com o objetivo da CSN de maximizar sua operação de mineração e garantir recursos financeiros para o desenvolvimento de projetos de crescimento. Embora não seja uma prática inovadora, a CSN enfatiza que esses contratos têm sido uma ferramenta importante para manter o fluxo de caixa positivo, especialmente em momentos de instabilidade no mercado.