Cassação de licença da Copape levanta alegações de envolvimento com o PCC

A recente cassação da licença de operação da formuladora de combustíveis Copape pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) gerou uma série de alegações graves que têm sacudido o setor de combustíveis no Brasil. A medida, anunciada na última quinta-feira (29), é acompanhada por uma polêmica acusação de que a Copape seria […]

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Última atualização:  29 de ago, 2024 às 17:55
Cassação de licença da Copape levanta alegações de envolvimento com o PCC

A recente cassação da licença de operação da formuladora de combustíveis Copape pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) gerou uma série de alegações graves que têm sacudido o setor de combustíveis no Brasil. A medida, anunciada na última quinta-feira (29), é acompanhada por uma polêmica acusação de que a Copape seria um “braço operacional” do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país.

A ANP, responsável pela regulação do setor de petróleo e gás no Brasil, cassou recentemente a licença da Copape, uma importante formuladora de combustíveis. Essa decisão foi motivada por alegações de que a empresa estava envolvida em práticas de adulteração e corrupção, o que gerou uma crise significativa no mercado de combustíveis. A cassação da licença representa uma ação drástica para combater irregularidades e garantir a integridade do setor.

Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), fez uma grave alegação ao afirmar que a Copape seria uma extensão do PCC dentro do setor de combustíveis. Kapaz sugeriu que a empresa operava como um “braço operacional” do grupo criminoso, o que, segundo ele, resultou na exclusão de 10% do mercado de combustíveis de São Paulo devido a práticas de adulteração e crimes relacionados. Essas alegações destacam a preocupação crescente com a infiltração do crime organizado no mercado de combustíveis, uma questão que o ICL está lutando para enfrentar.

A Copape não tardou a reagir às acusações, considerando-as infundadas e parte de uma estratégia de concorrência desleal. Em uma nota oficial divulgada em seu site, a empresa negou veementemente qualquer envolvimento com organizações criminosas, incluindo o PCC. A Copape argumentou que não é alvo de investigações pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e que as alegações são fruto de uma tentativa de prejudicar sua reputação e operações no mercado. A empresa afirmou que colaborará com as autoridades para demonstrar a legalidade de suas atividades e a integridade de seus colaboradores.

A ANP decidiu não comentar detalhadamente a questão, optando por manter uma postura reservada sobre a situação. Em paralelo, a Vibra Energia, a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, está investindo significativamente para combater a criminalidade no setor. A empresa estima que a regularização do mercado poderia reintegrar cerca de 13 bilhões de litros de combustíveis ao mercado formal, um volume significativo que poderia impactar positivamente a economia nacional e reduzir a influência de práticas ilegais.