A Comgás (CGAS5) comunicou ao mercado nesta quinta-feira (19) que seu conselho de administração aprovou a 11ª emissão de debêntures da empresa, no montante de R$ 1,5 bilhão, divididas em duas séries. 

Sendo assim, as debêntures da primeira série, que somam R$ 750 milhões, terão prazo de 10 anos. Já os papeis da segunda série, que possuem o mesmo valor, terão validade de 15 anos.

Vale destacar que os títulos da primeira série terão remuneração equivalente à NTN-B, com vencimento em 2033, enquanto as debêntures da segunda série custarão o equivalente à NTN-B com vencimento em maio de 2035 acrescida de sobretaxa de 0,10% ao ano.

Comgás fecha parceria estratégica com Climatempo

Nesta semana, a Comgás também anunciou uma parceria estratégica com a Climatempo, para integrar o programa de P&D da ARSESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. O objetivo é aumentar a resiliência e a eficiência no planejamento da expansão da distribuição de gás natural no Brasil, levando em consideração os fatores climáticos.

Esta iniciativa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ODS13 da Organização das Nações Unidas (ONU), que visam mitigar as mudanças climáticas no planeta. No cenário atual, a Comgás é responsável por mais de 30% do gás distribuído no Brasil, com uma rede de mais de 21 mil quilômetros de distribuição de gás encanado em 96 municípios, atendendo os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo. 

Além disso, a companhia abastece mais de 2,5 milhões de clientes na sua área de concessão no Estado de São Paulo, que inclui as regiões Metropolitana de São Paulo, Administrativa de Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba.

Vitor Hassan, vice-presidente de vendas da Climatempo, declarou que “neste projeto conjunto, a Climatempo fornecerá à Comgás um módulo de inteligência climática aplicado às operações da distribuidora, que será integrado ao software SMAC da Climatempo. Este módulo permitirá aos especialistas da Comgás medir o impacto das condições climáticas em todas as suas atividades de curto, médio e longo prazo para a expansão da rede de distribuição, ajudando a mitigar os riscos associados à variação climática. Estima-se que o clima afete de 20% a 30% das atividades de expansão da rede de distribuição de gás”, afirma.

De acordo com Hassan, esta será a primeira vez no Brasil que a inteligência meteorológica será utilizada para melhorar a eficiência e a expansão da distribuição de gás. “Já vimos o uso da inteligência meteorológica para distribuição e transmissão de energia, mas não na distribuição de gás. Será algo muito relevante e inovador no setor e de grande valia para o Brasil”, acrescentou.

Explicando de forma prática, a parceria fará com que a Comgás realize a integração de dados meteorológicos (histórico, tempo real e futuro), conectando-os com o seu plano de trabalho, gerando maior segurança das equipes em campo, mais eficiência no planejamento de curto prazo e maior inteligência na estratégia comercial de longo prazo e resultando também em uma melhor experiência e satisfação do cliente.

Para o Diretor de TI, Inovação e Experiência com o Cliente da Comgás, Thiago Trevisan, “um exemplo simples e direto será a operação de campo. Em um prazo maior, os meses de maior incidência de chuva, por exemplo, deverão ter menos programação de obras. Isso já acontece hoje, pois quem mora em São Paulo sabe que em dezembro chove mais. Porém, como estamos vivendo tempos de incertezas climáticas, esperamos que o projeto aumente a acurácia desse planejamento”, explicou.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.