Concessões de empréstimos no Brasil sobem 1,2% em julho, estoque de crédito cresce
As concessões de empréstimos no Brasil subiram 1,2% em julho, enquanto o estoque total de crédito chegou a R$ 6,716 trilhões.
Foto: Canva
As concessões de empréstimos no Brasil avançaram 1,2% em julho, mostrando sinais de crescimento do crédito mesmo diante de juros elevados e cenário econômico desafiador. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (27), o estoque total de crédito também apresentou alta, alcançando R$ 6,716 trilhões, refletindo a evolução das operações financeiras no país.
Crescimento das concessões e aumento do estoque de crédito
O aumento das concessões de empréstimos no Brasil em julho foi impulsionado pelo comportamento positivo tanto do crédito livre quanto do crédito direcionado. No mês, o estoque total de crédito registrou crescimento de 0,4%, indicando que, apesar das condições macroeconômicas mais rígidas, os bancos mantêm a disposição para oferecer financiamentos aos clientes.
O dado demonstra que o mercado financeiro continua a movimentar recursos significativos, refletindo a confiança das instituições em manter linhas de crédito ativas para pessoas físicas e empresas.
Desempenho por tipo de crédito
As concessões de empréstimos no Brasil variam conforme o tipo de operação. O crédito livre, cujas condições são negociadas diretamente entre bancos e tomadores, teve crescimento de 0,5% em julho. Por outro lado, o crédito direcionado, que segue parâmetros estabelecidos pelo governo, apresentou alta mais expressiva, de 7,4% no período.
O crescimento dos recursos direcionados reflete o papel das políticas públicas de incentivo a setores estratégicos e de apoio a famílias e empresas. Essa diferença entre os tipos de crédito evidencia como a intervenção governamental influencia diretamente na disponibilidade de financiamento no país.
Inadimplência em leve alta
A análise da inadimplência mostra um aumento no crédito livre. Em julho, a inadimplência no crédito livre chegou a 5,2%, acima dos 5,0% registrados em junho. Esse indicador acompanha de perto a capacidade de pagamento dos tomadores e é essencial para avaliar a saúde do sistema financeiro.
Apesar do aumento, especialistas ressaltam que o crescimento ainda é moderado e não aponta para uma crise iminente, mas exige atenção dos bancos em suas políticas de concessão.
Taxas de juros e spread bancário
Os juros cobrados pelas instituições financeiras mostram comportamentos diferentes conforme o tipo de crédito. No crédito livre, a taxa média caiu levemente para 45,4%, recuo de 0,1 ponto percentual em relação a junho. Já no crédito direcionado, os juros se mantiveram estáveis em 11,8%, refletindo a regulamentação governamental sobre essas operações.
O spread bancário, indicador que mede a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada dos clientes, também apresentou ligeira queda nos recursos livres, passando de 31,7 para 31,6 pontos percentuais. Essa redução, embora pequena, pode indicar esforços das instituições em melhorar a competitividade das linhas de crédito.
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