Lucro da C&A (CEAB3) cai 94,3% no 1T25, mas receita cresce 10,9%
Varejista registra lucro líquido de R$ 4,1 milhões, enquanto receita supera R$ 1,6 bilhão no trimestre
A C&A Modas (CEAB3) reportou um lucro líquido de R$ 4,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando uma expressiva retração de 94,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da forte queda no resultado final, a companhia apresentou avanços em outros indicadores operacionais.
O lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, ficou em R$ 2,5 milhões. O número contrasta positivamente com o prejuízo de R$ 61,4 milhões apurado no primeiro trimestre de 2024. Esse dado evidencia uma reversão importante, mesmo com o recuo no lucro contábil.
No quesito receita, a varejista alcançou R$ 1,612 bilhão no trimestre, um avanço de 10,9% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Esse crescimento reflete o desempenho sólido das vendas e da ampliação do portfólio, apesar do cenário macroeconômico desafiador.
Ebitda e margem bruta mostram eficiência operacional
O Ebitda ajustado pós-IFRS16 (indicador que mede o resultado operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 244,5 milhões, resultando em uma margem de 15,2%. A elevação de 2,7 pontos percentuais evidencia ganhos de eficiência e gestão de custos. Na métrica pré-IFRS16, o avanço foi ainda mais significativo, com crescimento de 94,8%.
As vendas em mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), que medem o desempenho das unidades abertas há mais de um ano, recuaram 6,9 pontos percentuais e encerraram o período com alta de 15%. Mesmo com a desaceleração, o indicador ainda demonstra tração nas operações físicas.
Já o lucro bruto consolidado atingiu R$ 872 milhões, registrando alta de 13,2% frente ao primeiro trimestre de 2024. A margem bruta subiu 1,1 ponto percentual, fechando o trimestre em 54,1%, favorecida por melhor gestão de estoque e controle de despesas.
Os resultados indicam que, apesar da expressiva redução do lucro líquido, a companhia avança em sua eficiência operacional e na geração de receita. O desempenho reforça o impacto de estratégias como a expansão do e-commerce e o foco em produtos com maior valor agregado.
A C&A segue acompanhando de perto o comportamento do consumidor e os desdobramentos da economia brasileira, com expectativa de manutenção das ações de eficiência para os próximos trimestres.
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